ATIVIDADES DO EIXO 3 - MEIO AMBIENTE E SAÚDE

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sexta-feira, 30 de março de 2012

I COLÓQUIO INTERNACIONAL - ENSINO DESENVOLVIMENTAL


I COLÓQUIO INTERNACIONAL: ENSINO DESENVOLVIMENTAL: VIDA, PENSAMENTO E OBRAS DOS PRINCIPAIS REPRESENTANTES RUSSOS




O Grupo de Estudos e Pesquisas em Didática Desenvolvimental e Profissionalização Docente - GEPEDI/FACED/UFU, está organizando o I Colóquio Internacional nos dias 02 a 04/05/2012, no Campus Santa Mônica - UFU.

O Colóquio tem como objetivo geral promover o debate, a reflexão, a troca de experiências e a divulgação de pesquisas científicas, realizadas por diferentes pesquisadores de diversas instituições brasileiras e estrangeiras relacionadas à didática desenvolvimental, na perspectiva do materialismo históricodialético e da psicologia histórico-cultural.

A metodologia do colóquio privilegia a divulgação e discussão dos resultados das pesquisas realizadas nesse campo por um grupo de especialistas convidados, ampliando os canais de difusão e interlocução entre diferentes segmentos da comunidade científica, acadêmica e educacional dentro e fora do Brasil.

Informações e inscrições:
O evento não prevê a apresentação de trabalhos. Conforme a programação, constará de palestras e mesas redondas proferidas por especialistas da área, brasileiros e estrangeiros. A participação no evento está limitada a 120 vagas, que serão preenchidas respeitando-se a ordem de inscrição.

As inscrições deverão serfeitas pelo site: www.gepedi.faced.ufu.br

Maiores informações:    robertopuentes@faced.ufu.br
                                    andrea.longarezi@terra.com.br
                                    (34) 3239-4163 – Ramal: 29


Público alvo:

Pesquisadores em Educação e Psicologia, Professores da Educação Superior, Professores e Profissionais da Educação Básica; Alunos de Graduação de Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Psicologia, Alunos de Pós-Graduação em Educação e áreas afins.

Data e local de realização:

Uberlândia,MinasGerais,Brasil, 02, 03 e 04 demaio de 2012.
Local: Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia – FACED/UFU
Campus Santa Mônica - Anfiteatro do Bloco 5O – F e GH

Endereço: Av. JoãoNaves de Ávila, nº. 2121 – Campus Santa Mônica - – Bloco “G”.

CEP 38.400-902 – Uberlândia/MG.

Telefax: Fone: 55-34-3239- 4412 (034) 3239-4212.


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Heber Odahyr

segunda-feira, 12 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

A data em que se comemora O Dia Mundial da Água é 22 de março. Portanto aproveite a dica abaixo:


Ocorrerá também de 12 a 17 de março de 2012, em Marselha na França, o VI Fórum Mundial da Água. O link a seguir esclarece mais alguns pontos. 

“Como vai ser o 6º Fórum Mundial da Água: Marselha2012”


Programa

16:30 | Abertura
Alexandra Serra, Presidente da APRH
António Guerreiro de Brito, Presidente da ARH Norte

16:45 | Marselha 2012. O Fórum das Soluções (PDF)
Benedito Braga, Presidente do Comité Internacional do 6º Fórum Mundial da Água


17:15 | Debate

17:30 | APRH: Iniciativas em curso e previstas (PDF)
Rodrigo Oliveira, Vice-presidente da APRH

17:45 | Debate

18:00 | Encerramento

Realizou-se nos passados dias 17 e 18 de Janeiro, em Paris, o “2nd Stakeholder Consultation Meeting” do 6º Fórum Mundial da Água, que terá lugar em Marselha, em Março de 2012. Esta reunião marcou o início de uma nova fase de preparação do Fórum, em que se procura alargar a participação a todos os interessados no Fórum de Marselha. 

O processo de preparação envolve um grande número de organizações e pessoas e não está completamente clarificado. Mas já existem algumas ideias e princípios que gostaríamos de partilhar convosco de modo a promover a participação portuguesa e lusófona. A organização procura soluções susceptíveis de contribuir para a resolução dos problemas já identificados e para o cumprimento dos objetivos definidos. Nesta mensagem identificamos os contactos já conhecidos de modo permitir a comunicação direta entre os associados da APRH e a organização do Fórum.

O VI Fórum Mundial da Água mantém a estruturação dos anteriores fora em três grandes processos: político, temático e regional. 

O processo político divide-se no processo parlamentar, governamental e de autoridades locais ou regionais. O quadro identifica os coordenadores destes sub-processos.


Sub-processo
Coordenador
Parlamentar
J-F Le Grand (Senado Francês)
P. Victoria (Conselho Mundial da Água)
Governamental
Ph. Lacoste (Ministério dos Negócios Estrangeiros de França)
Szollogosi-Nagy (Conselho Mundial da Água /Unesco)
Autoridades locais e regionais
S. Lepeltier (Câmara Municipal de Bourges)
M. Pageler (Conselho Mundial da Água)


O processo temático está organizado em torno de 3 direções estratégicas, que por sua vez se subdividem em 12 prioridades chave. Para cada uma destas prioridades-chave (Key Priority for Action) foram definidos vários objetivos e metas que devem totalizar uma centena. A lista final de objetivos deverá ser divulgada em breve. Em princípio as sessões do Fórum são organizadas em torno das prioridades-chave e dos seus objetivos. Cada objetivo-meta será discutido numa sessão. 

Durante 2011 os interessados são convidados a propor soluções que tenham sido adaptadas em várias regiões no mundo e que podem contribuir para o cumprimento dos objetivos definidos. O processo será liderado por uma Comissão de Acompanhamento, apoiada por um conjunto de especialistas. O quadro identifica os membros desta comissão.

Cargo
Nome
Email
Presidente
Dogan Altinbilek
Vice-Presidente
Patrick Lavarde
-
Bernard Diphoorn
-
Bernard Guirkinger

Serão também criados core groups (núcleos) para liderar o processo em cada prioridades-chave. A participação no Fórum através de um contacto com estes núcleos é talvez mais fácil e eficaz, mas ainda não é conhecida a sua composição. 

Finalmente o processo regional definiu 4 regiões: Europa, Américas, África e Ásia-Pacífico. O quadro apresenta os coordenadores de cada região.

Região
Coordenador
Email
Ásia-Pacífico
Noriko Yamagushi
(Asia Pacific Water Forum)
África
Bai Maas Tal
(African Minister Council on Water)
Europa
Jean-Francois Donzier
(International Office for Water)
América
Roberto Olivares
(Water Forum of the America)
O processo europeu definiu 7 questões temáticas e 3 questões-transversais. O quadro indica estas questões e os possíveis líderes (ainda em discussão). Durante 2011 serão organizadas reuniões de preparação sub-regionais. Na Europa estão previstas 4 reuniões, uma delas no Porto no final de Setembro. Em breve estará disponível um site para receber contribuições de todos os interessados (http://european-region-wwf2012.eu/ ou http://world-water-forum-2012-europa.eu/). 
  
Tema
Coordenador
Implementation of the UNECE 1992 convention and of the WFD, with focus on transboundary issues
UNECE e EUROPE-INBO
Long term water challenges linked to climate change
Global Water Partnership-Europe e European Water Partnership
Reform of the European CAP and issues on agricultural and rural water
A designar
Inland navigation in Europe
A designar
River and water ecosystems protection and restoration, good ecological status of water bodies
European Center for Rivers Restoration
Water and sanitation services
EUREAU
Water management in European Outermost countries
Committee of European Outermost Regions
Tema transversal
Coordenador
Professional training in water and education
International network of water training centers
Technology innovation, Science-Policy Interface, Dialogue between researcher-managers
ONEMA (Chair of the European Water Science/Policy Interface Platform)
European Cooperation with Third Countries
DG AIDCO, Network of Regional Governments for Sustainable Development

O site de divulgação de informação sobre o Fórum está disponível em: www.worldwaterforum6.org.




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Heber Odahyr

VI FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA

Unesco-HidroEX estará presente no “VI Fórum Mundial da Água”




O Governo de Minas, através do Unesco-HidroEX (Centro Internacional de Capacitação e Pesquisa Aplicada em Recursos Hídricos) se fará presente no VI Fórum Mundial da Água, que será realizado de 12 a 17 de março em Marselha, na França. A sexta edição do evento, organizado pelo Conselho Mundial da Água (WWC – World Water Council), contará com a participação do presidente do Unesco-HidroEX, professor Octávio Elísio Alves de Brito e do vice-presidente Alexandre Augusto Fernandes Saad.

O tema do fórum “Tempo para Soluções” visa aumentar as discussões da importância da água na agenda política dos governos, aprofundar as discussões e trocas sobre as soluções para os atuais desafios, além de formular propostas concretas, chamando a atenção, para uso racional e sustentável deste recurso.

O evento ocorre a cada três anos, sempre no mês de março, quando no dia 22 é celebrado o “Dia Mundial da Água”. Os organizadores estimam reunir 20 mil pessoas de 140 países no evento em busca de soluções para os principais problemas que envolvem o recurso natural. No contexto do processo preparatório para o 6° Fórum, os participantes das Américas, incluindo o Brasil, decidiram priorizar a abordagem de seis temas: Água e Saneamento; Água e Adaptação às Mudanças Climáticas; Gestão Integrada de Recursos Hídricos; Água para Alimento; Água para Energia; e Melhoria da Qualidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas. Desse processo irá resultar a edição de um “Documento Regional” no qual será expressa a visão das Américas para os temas prioritários, apresentando soluções efetivas para que metas preestabelecidas sejam alcançadas.

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PROGRAMA DIVERSIDADE EM FOCO

C O N V I T E


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quinta-feira, 8 de março de 2012

SUSTENTABILIDADE URBANA: OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI

COLÓQUIO INTERNACIONAL RIO + 20 - AÇÃO GLOBAL PELA SUSTENTABILIDADE


TEMÁTICAS que serão abordadas:

- Rio + 20: Uma visão estratégica.
- O papel da mídia na cobertura da Rio + 20.
- A proposta da sociedade brasileira para a Rio + 20.
- Sustentabilidade e Estado de Direito.
- O papel do Parlamento Brasileiro na Rio + 20.
- A cidade do Rio de Janeiro e a Rio + 20: Perspectivas.
- Sustentabilidade e Segurança Alimentar: O modelo brasileiro.
- Sustentabilidade na Mineração.
- Planeta e Mundo: Esperança, Responsabilidade e Precaução.
- Lançamento do Livro 30 Anos da Política Nacional do Meio Ambiente - Organizadora: Suzi   
  Theodoro.

Data: 23/03/2012

Local: Sede da Academia Brasileira de Filosofia - Casa de Osório - Rio de Janeiro

Inscrições e mais informações: www.eventojuridico.com.br

Fone: (21)2252-8593

E-mail: meioambientecamara@gmail.com

PALESTRANTES:



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PROJETOS DE ECOCONSCIÊNCIA

Modelos de ações que devem ser utilizadas por todos e replicadas nas diversas regiões do planeta, independente das dificuldades impostas por nossas governanças políticas.

Como um dos exemplos podemos citar o Projeto de um colégio, onde o envolvimento dos quadros docente e discente, puderam propiciar uma grande sensibilização e gerar motivações futuras para novas ações Ecoconscientes Sustentáveis.

PROJETO PLANTE A PAZ


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DIA 08 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER




História do Dia Internacional da Mulher



História do Dia Internacional da Mulher, significado do dia 8 de março, lutas femininas, importância da data e comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, história da mulher no Brasil, participação política das mulheres, o papel da mulher na sociedade. 

História do 8 de março 

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. 

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. 

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). 

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. 

Conquistas das Mulheres Brasileiras 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

  • - 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política,emprego e educação para as mulheres. 
  • - 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos
  • - 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. 
  • - 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia. 
  • - 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs. 
  • - 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas 
  • - 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres 
  • - 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina
  • - 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças 
  • - 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina 
  • - 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres 

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Heber Odahyr

domingo, 4 de março de 2012

A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR

01 de Março de 2012
FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO


Agricultura familiar é necessária para alimentar o mundo


Espaços como o do Fórum Social Mundial, ocorrido em janeiro de 2012 em Porto Alegre/RS, são essenciais para que os movimentos sociais e ativistas se encontrem e discutam com unidade a agricultura familiar e a reforma agrária.
por Júlia Schnorr

''Só sai, só sai, a reforma agrária, com a aliança camponesa e operária.'' A canção da viola embala o início da Marcha de Abertura do Fórum Social Temático (FST) em Porto Alegre. Mais de 20 mil pessoas caminham na Avenida Borges de Medeiros carregando faixas e cartazes. A música não para: ''Nossa primeira tarefa é ocupar toda terra produtiva/Nós queremos trabalhar/Nossa segunda tarefa é resistir/Entrar bem organizado/Enfrentar para não sair/Nossa terceira tarefa é produzir/No trabalho coletivo, colher muito e repartir.''

Ao longo do Fórum Social Temático, diversas foram as oportunidades para discutir agricultura familiar e reforma agrária. Na conferência de abertura do FST, José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), palestrou sobre Cooperativismo e agricultura familiar. O dirigente ressaltou que o uso de recursos hídricos e o de insumos agrícolas devem ser diminuídos com a finalidade de realizar uma agricultura com sustentabilidade. 

O diretor-geral assumiu a FAO no ano passado definindo alguns desafios, como a segurança alimentar, o estímulo à produção de alimentos e o combate à pobreza. Para ele, não podemos ter desenvolvimento sustentável com pobreza no campo. Graziano da Silva afirmou ainda que as cooperativas são fundamentais, chegando a ser responsáveis por 30% da produção dos alimentos mundiais.


(Debate ‘’Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável’’ organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar - Fetraf – Sul/CUT durante o Fórum Social Temático (FST) 2012 em Porto Alegre (RS).


A agricultura familiar foi temática da atividade organizada pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, a Fetraf. A seção sindical centrou suas discussões nos desafios cotidianas dos pequenos produtores, como a permanência dos jovens no campo e a dificuldade de acesso ao crédito. Celso Ludwig, coordenador da Fetraf-Sul, analisou que a queda do desemprego no Brasil é um impulso para que jovens rurais deixem o campo, o que agrega dificuldades para a agricultura familiar e a sucessão hereditária. 

Ludwig lembra que para permanecer no campo, há a necessidade de se ter geração de renda, lazer, políticas públicas e acesso à internet – que já foi declarado um direito humano. Ao ponderar sobre o envelhecimento do campo e o modelo de desenvolvimento vigente, Ludwig se perguntou qual o tipo de agricultura que deseja. Sua resposta vem rápida e sem pestanejar: ‘’o campo é o lugar de um espaço de vida e prefiro uma agricultura com pessoas e não somente com máquinas. ’’ 

O rural como modo de vida


(Agricultores moradores da zona rural de Nova Palma, RS, no plantio de alface)

O meio rural¹ é um ‘’espaço suporte de relações específicas'', como parentesco e vizinhança, ''que se constroem, se reproduzem ou se redefinem sobre este mesmo espaço e que, portanto, o conformam enquanto um singular espaço de vida’’. É nesta conjuntura que surge a expressão ''agricultura familiar'', que emergiu no Brasil na década de 1990. Assim, a família é importante referência para o meio rural como vida social, pois a partir dela é estabelecido o sentimento de pertencimento a este espaço de vida. 

As terras improdutivas, juntamente com o latifúndio inabitado, são exemplos de áreas sem vida social, onde a função residencial inexiste ou está reduzida. Mesmo nas áreas produtivas e altamente mecanizadas, onde não se utiliza muita mão-de-obra, há um ‘’deserto verde’’. Dessa forma, torna-se difícil encontrar vida social.
A agricultura familiar ocupa um dos espaços rurais brasileiros onde há vida social local mais intensa², sendo uma contribuição do agricultor familiar na formulação de respostas à crise do modelo produtivista. 

Discutindo as políticas governamentais 

Uma das maiores dificuldades dos agricultores familiares é o acesso à linha de crédito, especialmente por ser ‘’a agricultura familiar uma prática periférica no processo agrícola do país’’, como afirma a coordenadora nacional da Fetrat Elisângela Araújo. Assim, o desafio de propostas como a do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) são grandes. Criado na década de 1990 e tendo como público alvo os agricultores familiares, o Pronaf tem como objetivo o acesso de crédito, e já designou financiamentos específicos para mulheres e jovens. No entanto, programas como esses são suficientes?
Para o professor do Departamento de Sociologia da UFRGS Guilherme Radomski, a lógica produtivista acaba por excluir os agricultores endividados e também deixa de lado o grande montante de agricultores que não são os maiores produtores ou que ainda estão se estabelecendo em suas propriedades. Radomsky afirma que a saída encontrada por muitos deles é a pluriatividade do espaço rural, como o investimento no turismo rural ou ‘’bicos’’ em atividades não rurais. 

O caso da reforma agrária 

Os assentamentos da reforma agrária integram uma parcela de trabalhadores rurais que eram assalariados em propriedades alheias ou que foram expulsos do campo devido à mecanização. O retorno ao meio rural é uma reconstrução da vida local, já que os assentamentos se configuram como espaços que agregam famílias de diferentes localidades. Além de se adequarem à produção da nova região, os assentados têm que estabelecer uma vida social a partir dos contatos com outros assentados, assim como com o meio urbano próximo, principal centro de escoamento da produção. 

O desenvolvimento a partir da pequena produção familiar tem grandes opositores, baseados especialmente no argumento do ‘’progresso do país’’. Eles acreditam que se buscaria a justiça social pagando-se o preço de uma agricultura com pouca tecnologia, ou essa atrasada. A reforma agrária, no entanto, é necessária para que o desenvolvimento econômico do país seja acompanhado por uma distribuição de renda. Apoiar a agricultura familiar não implica em conter a modernização agrícola, mas sim reorganizar o meio rural e seus recursos 4. 

Mudanças importantes ocorreram para a agricultura familiar nos últimos anos, enquanto outros setores como a reforma agrária permaneceram estagnados. Enquanto o número de famílias assentadas não aumenta como os movimentos sociais desejam, a agricultura familiar foi oficialmente reconhecida pelo governo brasileiro, especialmente através do Pronaf. Com ele, os agricultores que antes eram vistos como a parte empobrecida do campo, hoje se tornam alternativas ao modelo de desenvolvimento do latifúndio. 

Dada a conjuntura atual, está nas mãos dos movimentos sociais a função de pressionar o governo com a finalidade de obter encaminhamentos para a reforma agrária. Um dos sentidos da reforma agrária em nosso país é a ampliação das oportunidades de emprego no meio rural, fazendo com que diminua a pressão da oferta de mão de obra no mercado de trabalho urbano. 

Para onde vamos? 

Os países com maiores índices de desenvolvimento humano tem em comum a presença da agricultura familiar. Ela ''desempenhou um papel fundamental na estruturação de economias mais dinâmicas e de sociedades mais democráticas e equitativas 5.'' Além de incentivos na agricultura, é necessário o fornecimento de outros serviços igualmente encontrados no meio urbano. 

Devemos tratar o rural com um novo enfoque. A multifuncionalidade e a pluriatividade são indícios de que o rural não é mais somente agrícola. As políticas públicas para seu desenvolvimento não devem ser voltadas exclusivamente para o setor da agricultura, e sim envolver uma gama maior, desde o investimento em piscicultura até a inclusão digital com acesso à internet com banda larga. 

Espaços como o do FST são essenciais para que os movimentos sociais e ativistas se encontrem e discutam com unidade a agricultura familiar e a reforma agrária. O FST é o local para que haja o debate do meio rural como modo de vida. Assim, podemos pensar em reforma agrária, no fim da pobreza no campo, na promoção da democracia e no desenvolvimento social e sustentável. Esse é o mundo rural que desejamos. E ele é possível.

Júlia Schnorr 
Historiadora e Mestranda em Comunicação (UFSM) – Pesquisa Juventude rural e televisão (juliaschnorr@gmail.com)

¹ WANDERLEY, Maria de Nazareth. O mundo rural como um Espaço de Vida: reflexões sobre a propriedade da terra, agricultura familiar e ruralidade. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. 

² CARNEIRO, Maria José. Ruralidade: novas identidades em construção. Estudos Sociedade e Agricultura, n.11, 1998, p.53-75. 

³ GRAZIANO DA SILVA, José; GROSSI, Mauro; CAMPANHOLA, Clayton. O que há de realmente novo no rural brasileiro. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.19, n.1, 2002, p. 37-67 

4 e 5 GUANZIROLI, Carlos; ROMEIRO, Ademar; BAUINAIN, Antonio. Agricultura Familiar e Reforma Agrária no Século XXI. FAO/MDA. Editora Garamond Universitária, 2001. 

Crédito fotos: Júlia Schnorr



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ARARAS SEDIARÁ PÓLO UNESCO-HIDROEX


Araras vai sediar Pólo do Unesco-HidroEX


Diretora de Capacitação do Unesco HidroEX, Sheila Paiva de Andrade, atriz Cleo Pires, publicitário João Vicente e integrantes do Projeto Araras durante reunião para discussão do curso de capacitação. 

Antes da inauguração, já está programado para os dias 23 e 24 de março, um Curso de Capacitação Internacional com a especialista italiana, doutora Luigia Bradimarque, especialista em Redução de Riscos de Inundação

A Fundação Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Água (UNESCO-HIDROEX) realizará em Araras, distrito ecológico de Petrópolis (RJ), um evento internacional de capacitação sobre Gestão de Riscos e Enchentes, que acontece nos dias 23 e 24 de março. Como palestrante, a UNESCO-HIDROEX estará levando a Araras, a pesquisadora italiana, doutora Luigia Bradimarque, especialista em Redução de Riscos de Inundação (ver box) e o Dr. Eber José de Andrade Pinto, engenheiro do quadro da Cia. de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM 

O evento será realizado em parceria com a ONG Projeto Araras e conta com a iniciativa e participação efetiva da embaixadora honorária da UNESCO-HIDROEX, a atriz Cléo Pires e do publicitário carioca, João Vicente de Castro. 

O curso de capacitação será destinado aos agentes de defesa civil, administradores públicos e líderes comunitários da região serrana do Rio e visa capacitá-los tecnicamente para que possam coordenar ações preventivas e operativas em caso de enchentes, desabamentos e outros desastres ambientais. 

Segundo a diretora de Capacitação do UNESCO-HIDROEX, Sheila Paiva de Andrade, esta será a primeira de inúmeras ações a serem desenvolvidas em Araras. Ainda no primeiro semestre de 2012, será inaugurado neste distrito ecológico de Petrópolis, mais um pólo da UNESCO-HIDROEX, que centralizará as orientações a serem desenvolvidas no estado do Rio de Janeiro. A decisão foi comunicada pelo presidente da Fundação UNESCO-HIDROEX, prof. Octávio Elísio Alves de Brito e pelo Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, dep. Narcio Rodrigues. 

Antes da realização do evento de inauguração do polo, técnicos do Projeto Araras e da UNESCO-HIDROEX vão desenvolver um trabalho de pesquisa de campo, cadastrando e conhecendo a realidade local da comunidade ararense. “São os próprios moradores das comunidades que, durante um workshop, definirão as demandas prioritárias, para que possamos desenvolver um projeto piloto naquela localidade”, afirmou a diretora de Capacitação, Sheila Paiva. 

As inscrições para o Curso de Capacitação em: “Eventos Naturais Extremos – Gestão de Riscos” podem ser feitas na sede do Projeto Araras, que fica localizada no Shopping Estação Araras, loja 3 ou pelos e-mails cursos@hidroex.mg.gov.br ou diretoria@projetoararas.org.br.

BOX

Sobre a conferencista

Dra. Luigia Brandimarte graduou-se em Engenharia Ambiental na Universidade de Bolonha – Itália em 2001, com a tese de mestrado sobre modelos da Propagação de Inundação. Fez seu doutorado em Engenharia Hidráulica na Politécnica de Milão – Itália em 2005, em colaboração com a Universidade de Virgínia-EUA, com a tese sobre abordagem probabilística para calcular a profundidade de erosões em torno dos cais de pontes em solos coesivos. Trabalhou como pesquisadora pós-doutora na Universidade de Bolonha até 2007. Foi consultora no escritório de reutilização e irrigação de solo do Rio Po em Modena – Itália e atuou como gestora de projetos em 2008 para a Associação de Hydroaid na Itália. Tem atuado como conferencista e coordenadora de diversos projetos de capacitação e programas de mestrado na República Dominicana, Haiti, América do Sul e no Cazaquistão. Em janeiro de 2009, integrou-se à equipe do UNESCO-IHE como conferencista e atualmente é a responsável pelo Curso de Estruturas de Rios dentro do núcleo de Engenharia Hidráulica e Gestão de Bacias Hidrográficas. Os principais interesses das pesquisas e treinamentos da Dra. Brandimarte, são as estruturas hidráulicas e a redução de riscos de inundação. 

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PROJETO CIDADE DAS ÁGUAS SERÁ APRESENTADO À FRUTAL E REGIÃO


Projeto Cidade das Águas será apresentado à Frutal


Foto SECTES

O Governo de Minas, através do Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, estará assinando nesta segunda-feira (5), ordem de serviço para a implantação do projeto urbanístico da Cidade das Águas

Frutal vai conhecer nesta segunda-feira (5), o projeto urbanístico da Cidade das Águas, que vai transformá-la no maior centro de capacitação e pesquisa em recursos hídricos da América Latina. O projeto foi desenvolvido pela equipe de um dos mais renomados arquitetos brasileiros Jaime Lerner. Para apresentá-lo, estará em Frutal, além da equipe técnica, o Governo de Minas, por meio do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), Narcio Rodrigues, que na oportunidade, na Câmara de Vereadores, às 19h30, estará assinando ordem de serviço para a implantação do projeto urbanístico da Cidade das Águas

O projeto envolve a construção no complexo UNESCO-HIDROEX e UEMG de mais salas de aulas, laboratórios, estrutura para ensino à distância, biblioteca, alojamentos e restaurantes para alunos e pesquisadores, além de área para prática esportiva e de lazer integrando todo este complexo à cidade de Frutal, estimulando convivência e interatividade com a população. “A ideia é fazer com que a cidade crie intimidade com seus ambientes naturais e os transforme em espaços de encontro”, disse a arquiteta Gianna Rossanna De Rossi, ao explicar que a obra vai envolver toda a malha urbana. “O projeto é criar um parque que atravesse toda a cidade, com a recomposição e preservação de todas as matas ciliares, criando um corredor de biodiversidade”, explicou.

O parque também permitirá a mobilidade das pessoas da cidade, por meio de ciclovias. “Em nosso entendimento, a Cidade das Águas é o município de Frutal, em todo o seu âmbito. A proposta é de implementar um grande eixo ambiental que irá cortar toda a cidade e se integrar ao complexo”, comenta a arquiteta. 

Segundo o secretário Narcio Rodrigues, trata-se de um projeto que vai transformar a cidade de Frutal. “Nesta segunda-feira, Frutal vai conhecer a grandiosidade do que será a Cidade das Águas”

Com inauguração prevista para 2014, a Cidade das Águas é uma iniciativa apoiada pela Unesco e ancorada no Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Água (UNESCO-HIDROEX). Os governos mineiro e federal já investiram R$ 50 milhões na elaboração de projetos, intercâmbios e na infraestrutura do Instituto UNESCO-HIDROEX e do campus da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). 

A expectativa é de que a Cidade das Águas seja transformada em um centro da Unesco antes mesmo de sua conclusão, passando a ser propriedade da Organização das Nações Unidas (ONU) já que a Unesco planeja para os próximos anos a abertura de quatro novos campi em excelência de água no mundo, sendo contemplados a América Latina e o Caribe, outro para a África e um para a Ásia. 

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CONVITE PARA AUDIÊNCIA PÚBLICA EM FRUTAL-MG

C O N V I T E

A Equipe Jaime Lerner apresentará uma proposta Urbanística e Arquitetônica da Cidade das Águas para a população de Frutal. 

O projeto visa uma estruturação urbanística no Complexo UEMG/HidroEx e intervenções de infra-estrutura na cidade de Frutal-MG.




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quinta-feira, 1 de março de 2012

V SEMANA DE PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

Confira a programação e participe das atividades que ocorrerão nos dias 19 a 23/03/2012.

Lembramos aos cursistas do Eixo 3 - Meio Ambiente e Saúde, que sua participação no evento terá certificação pela Câmara Municipal de Uberlândia, mediante assinatura de frequência e que estará sustituindo as atividades do dia 24/03/2012 (que ocorreriam na sala 3Q 110 - Santa Mônica - UFU).





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