Administradas por homens criados no cultivo e na industrialização da
cana-de-açúcar, as usinas registraram
aumento expressivo da capacidade produtiva hoje, 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 293 mil toneladas de açúcar,
e 318 mil m3 de álcool.
A cana
utilizada pelas usinas é fornecida por mais de 300 produtores autônomos e pela
Agropecuária Tamburi, empresa do grupo
que atua em terras das usinas e de terceiros, em regime de parceria, nos
municípios de Sertãozinho, Ribeirão Preto, Jardinópolis, Dumont, Barrinha e
Jaboticabal.
São 84% de
área cultivada com cana-de-açúcar e 16% com outras culturas e vegetação nativa. Na lavoura da cana-de-açúcar, também se cultivam cereais e adubos verdes, em
regime de rotação de culturas.
As usinas
são auto-suficientes em energia, obtendo-a a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. A produção
de energia térmica, mecânica e elétrica, em modelo de co-geração, está a cargo
da empresa Bioenergia, também do grupo Balbo, que atende às necessidades
das empresas e comercializa os excedentes de energia elétrica.
Além da USA, da UFRA e da Bioenergia, o
Grupo detém participações nas empresas PHB Industrial S.A., que desenvolve a tecnologia da resina plástica
biodegradável a partir do açúcar da cana.
PLÁSTICO DE AÇÚCAR
A vocação para inovação nos levou a concretizar uma joint-venture das usinas
Santo Antônio e São Francisco com a Usina da Pedra, de Serrana (interior paulista), voltada à ampliação
e consolidação da tecnologia e da produção de plástico biodegradável a partir do açúcar de cana, bem como à sua exploração industrial e comercial: a Biocycle.
Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Copersucar (CTC) e pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), essa
tecnologia foi implantada na Usina da Pedra, entre 1995 e 1999. A Biocycle
assumiu a unidade-piloto já instalada, que produz 50 toneladas anuais de plástico biodegradável, com o objetivo de ampliar as possibilidades de
aplicação industrial do produto.
MELHOR QUALIDADE DE VIDA
A preferência dada
aos alimentos saudáveis e absolutamente naturais.
Definitivamente, o mercado orgânico não é mais coisa de visionários. A
realidade mostra hoje um setor que movimenta, em termos globais, uma fatia
considerável de muitos e muitos bilhões de dólares.
Além do peso comercial positivo na economia, isso significa que é o
consumidor, com consciência e atitudes renovadas, que vem fazendo esse mundo
crescer cada vez mais rápido. E um dos principais reflexos dessa busca por
uma melhor qualidade de vida é a preferência dada aos alimentos
saudáveis e absolutamente naturais, frutos de processos reconhecidamente
limpos e ecológicos - os orgânicos. Na formação desse comportamento
inteligente, a informação é fundamental para o esclarecimento sobre a amplitude
do conceito orgânico. Assim, indicamos o site http://www.nativealimentos.com.br/pt-br/mundo-organico/links.php para tirar algumas dúvidas e contribuir para
elucidar e difundir esse universo.
CICLO DE PRODUÇÃO NATIVE
Uma das mais importantes aplicações dos conhecimentos agronômicos do
Grupo Balbo é o sistema global de produção e colheita de cana crua,
iniciado em 1987 o chamado Projeto Cana Verde. Consistia seu objetivo
principal o desenvolvimento de um sistema auto-sustentável de produção de
cana-de-açúcar, buscando manifestar todo o potencial ecológico e
conservacionista dessa cultura.
O trabalho compreendeu milhares de horas de pesquisas e grandes
investimentos, incluindo o desenvolvimento de uma colhedora de cana
crua em colaboração com o fabricante, a sistematização de áreas para a
colheita mecanizada, a adequação de variedades, a adubação orgânica, o
tratamento fitossanitário e o preparo do solo, entre outras ações.
Desde o preparo de solo para o plantio, até o processamento industrial
da cana, realizou-se a integração entre a mais avançada tecnologia disponível e
o conhecimento ancestral do ser humano no trato orgânico da terra. Como
resultado, a Usina São Francisco recebeu, em outubro de 1997,
o certificado de produtor orgânico.
Atualmente, a UFRA cultiva organicamente 7.500 hectares de
terras com cana-de-açúcar. Para complementar as necessidades de matéria-prima
orgânica da Usina, 7.500 hectares de onze fazendas localizadas na Usina Santo
Antônio foram convertidos e certificados. Os atuais 15.000 hectares de
canaviais certificados são industrializados organicamente pela Usina São
Francisco.
COLHEITA
DE CANA CRUA
O novo sistema de produção desenvolvido pelo Grupo
Balbo permitiu realizar a colheita de cana sem a necessidade de
queimadas. As colhedoras, ao mesmo tempo em que retiram a cana, promovem a
deposição da palha verde no solo, o que cria uma cobertura morta que o protege
da erosão e da insolação.
A terra também recebe efluentes orgânicos líquidos e sólidos
provenientes da indústria. Como o ciclo de produção de um canavial é de
aproximadamente seis anos, durante os quais se obtêm cinco colheitas, o solo só
é revolvido a cada seis ou sete anos. Além disso, as máquinas e veículos
possuem esteiras e pneus de alta flutuação, minimizando a compactação do solo.
Todas essas técnicas ajudam a manter a
fertilidade do solo, criando um ambiente favorável para a ação dos microrganismos
benéficos e para a infiltração de água e ar, essenciais para o desenvolvimento
das plantas. Aliadas a ações como o controle biológico de pragas e doenças,
a adubação verde em sistema de rotação de cultura com leguminosas e
outras culturas, o manejo adequado de plantas espontâneas e a criação de ilhas
de biodiversidade em meio à cultura, tais práticas asseguram o convívio
equilibrado e harmônico entre o agricultor e a natureza.