ATIVIDADES DO EIXO 3 - MEIO AMBIENTE E SAÚDE

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

MYCITY+20: COMO OS JOVENS PODEM DESEMPENHAR UM PAPEL NA RIO+20


MyCity+20: Como os jovens podem desempenhar um papel na Rio+20

Os jovens na Sciences Po, em Paris, criaram uma maneira interessante de responder a pergunta “como você pode mobilizar a juventude a agir na Rio+20? Como se poder empoderar a juventude para lidar com os problemas do desenvolvimento sustentável?”

Utilizando a experiência adquirida durante uma simulação de negociações sobre mudanças climáticas de Copenhague organizada pela Sciences Po em 2011, chegaram à conclusão que deixar os jovens provarem um pouco das negociações da ONU era o melhor jeito de atrair seu interesse. Nesse contexto, decidiram organizar uma simulação em Paris da conferência que será realizada no Rio de Janeiro em junho deste ano, que eles chamaram de “Paris+20”.

Seu projeto tem o objetivo de mobilizar os jovens, educando-os sobre a urgência de se resolver as questões sobre o desenvolvimento sustentável e encorajando-os a se envolverem no processo de negociação, mesmo que seja à distância. Na simulação que realizarão, eles irão testar novos métodos de negociação e chegarão a algumas conclusões potenciais. Através desse experimento, eles esperam elaborar ideias inovadoras que podem reestruturar os processos da ONU e restaurar a fé neles. A UNESCO, sua parceira no projeto, atuará com eles para desenvolver uma hipótese para sua conferência. Entretanto, é importante notar que, independente dos resultados dessa simulação, empoderar a juventude para a ação é seu principal objetivo, de modo que os jovens estejam prontos a assumir um papel ativo nas negociações internacionais e para moldar nossos próprios futuros.

Através do suporte ativo da UNESCO, eles levaram adiante a disseminação da ideia em nível mundial, indo além de Paris e da França e olhando para outras cidades do planeta. Sua esperança é encorajar essas cidades a realizarem suas próprias simulações da Rio+20.

Até agora, a resposta de muitas organizações jovens e universidades em todo o mundo tem sido bem entusiástica. Eles possuem atualmente representantes na Ásia (Colombo+20), na Europa (Roma+20 e Amsterdã+20) e na América Central (Cidade do México+20) dispostos a organizar suas próprias simulações da Rio+20. Chegou a hora da juventude participar ativamente nas negociações. Este movimento espera traduzir ideias em ações e encorajar todos a se engajarem no processo!

A Paris+20 dará apoio às cidades interessadas; dando-lhes ideias sobre como iniciar suas próprias simulações; pessoas em potencial que podem ser contatadas e uma flexibilidade completa total na organização de seus próprios eventos. Quaisquer cidades interessadas podem nos contatar no e-mail mycityplus20@gmail.com se quiserem mais detalhes.

Sem dúvida alguma, a Rio+20 será um marco na história das negociações internacionais, e representa uma oportunidade que deve ser aproveitada para criar mudanças concretas e para dar início às políticas já existentes.
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Heber Odahyr

MEC DIVULGA VALOR DO NOVO PISO NACIONAL DE PROFESSORES EM R$ 1.451

27/02/2012 17h30 - Atualizado em 27/02/2012 19h45

MEC divulga valor do novo piso nacional de professores em R$ 1.451

Reajuste será de 22,22% em relação a 2011.
Aumento é para professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais.

Do G1, em São Paulo

O Ministério da Educação divulgou na tarde desta segunda-feira (27) que o piso salarial nacional dos professores será reajustado em 22,22% e seu valor passa a ser de R$ 1.451,00 como remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. A decisão é retroativa para 1º de janeiro deste ano. 

Segundo o MEC, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024. 

A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim. 

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Heber Odahyr

PAGAMENTO DE PISO DO MAGISTÉRIO SERÁ RETROATIVO A JANEIRO

O Globo, 27/02/2012 - Rio de Janeiro RJ

Pagamento de piso do magistério será retroativo a janeiro, diz MEC

Enquanto não é feito o anúncio oficial, governadores e prefeitos não reajustam os salários 
Agência Brasil 

BRASÍLIA – Mais um ano letivo começou e permanece o impasse em torno da Lei do Piso Nacional do Magistério. Pela legislação aprovada em 2008, o valor mínimo a ser pago a um professor da rede pública com jornada de 40 horas semanais deveria ser reajustado anualmente em janeiro, mas muitos governos estaduais e prefeituras ainda não fizeram a correção. Apesar de o texto da lei deixar claro que o reajuste deve ser calculado com base no crescimento dos valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), governadores e prefeitos justificam que vão esperar o Ministério da Educação (MEC) se pronunciar oficialmente sobre o patamar definido para 2012. De acordo com o MEC, o valor será divulgado em breve e estados e municípios que ainda não reajustaram o piso deverão pagar os valores devidos aos professores retroativos a janeiro. 

O texto da legislação determina que a atualização do piso deverá ser calculada utilizando o mesmo percentual de crescimento do valor mínimo anual por aluno do Fundeb. As previsões para 2012 apontam que o aumento no fundo deverá ser 

em torno de 21% em comparação a 2011. O MEC espera a consolidação dos dados do Tesouro Nacional para fechar um número exato, mas em anos anteriores não houve grandes variações entre as estimativas e os dados consolidados. “Criou-se uma cultura pelo MEC de divulgar o valor do piso para cada ano e isso é importante. Mas os governadores não podem usar isso como argumento para não pagar. Eles estão criando um passivo porque já devem dois meses de piso e não se mexeram para acertar as contas”, reclama o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão. A entidade prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março. O objetivo é cobrar o cumprimento da Lei do Piso. 

Se confirmado o índice de 21%, o valor a ser pago em 2012 será em torno de R$ 1.430. Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Na Câmara dos Deputados tramita um projeto de lei para alterar o parâmetro de reajuste do piso que teria como base a variação da 

inflação. Por esse critério, o aumento em 2012 seria em torno de 7%, abaixo dos 21% previstos. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação. 

A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas desde 2008 nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim. “Os governadores e prefeitos estão fazendo uma brincadeira de tremendo mau gosto. É uma falta de respeito às leis, aos trabalhadores e aos eleitores tendo em vista as promessas que eles fazem durante a campanha de mais investimento na educação”, cobra Leão.

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Heber Odahyr

sábado, 25 de fevereiro de 2012

APRESENTAÇÃO DO CURSO - MANEJO CLÍNICO DA DENGUE

Apresentação do curso - Manejo Clínico da Dengue

A introdução do tipo quatro do vírus em Minas Gerais requer mais atenção do nunca. Estar em dia com todos os procedimentos do manejo clínico da dengue é dever de toda a equipe de saúde. No curso, serão abordados os principais pontos a serem observados e, posteriormente, adotados no momento de diagnosticar a dengue, examinar, estadiar e acompanhar o paciente. 

 Apresentação do Vídeo demonstrativo




Aula 02 - Diagnóstico, manejo clínico e tratamento

Diagnóstico, manejo clínico e tratamento

O Via Saúde, curso de extensão e especialização em Gestão da Clínica da Atenção Primária à Saúde, partiu das linhas guia da Saúde no estado para rediscutir práticas e orientar profissionais e gestores quanto às diretrizes clínicas de Minas Gerais. Nesta segunda aula, seguindo a linha guia "Atenção à Saúde - Dengue", o assunto é "Diagnóstico, manejo clínico e tratamento".

Apresentação do Vídeo demonstrativo



Fonte: http://www.canalminassaude.com.br 

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Heber Odahyr

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO - UNESCO/HIDROEX - FRUTAL - MG

Curso do UNESCO-HidroEX em parceria com o UNESCO-IHE supera expectativas.

Foto Mônica Alves

(http://www.hidroex.mg.gov.br/uploads/DSC00857.jpg)

     Superou a expectativa dos participantes o Curso de Monitoramento e Avaliação da Qualidade da Água realizado pelo Unesco-HidroEX, no período de 6 a 10 de fevereiro. Para ministrar as palestras, o Unesco-HidroEX trouxe a Frutal professores do UNESCO-IHE de Delft, na Holanda. Os conhecimentos transmitidos pelos doutores Peter Kelderman e Fred Kruis foram muito elogiados pelos participantes. “Foi surpreendente e nos acrescentou muito”, disse o professor Joaquim Dalques Ramos, que desenvolve o Programa de Formação Continuada com Docentes do Ensino Básico, em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Para ele, as palestras foram significativas para o enriquecimento do programa. Além de Dalques, também vieram da UFU para participar do curso os professores Luís de Lima e Heber Odahyr de Oliveira Mello. Este também citou a importância da utilização dos Protocolos de Avaliação Ambiental que foram trabalhados nas atividades propostas pelos coordenadores e palestrantes, o que engrandece e qualifica ainda mais os conhecimentos profissionais dos participantes do curso. 

     Doutoranda pela Unesp de Jaboticabal (SP) em “Ciência do Solo”, Michele Cláudia da Silva disse que aprendeu inúmeras coisas novas que vão ajudá-la na defesa de sua tese, principalmente o que foi discutido sobre os procedimentos antes da ida ao campo. De acordo com ela, foi também muito abrangente o Protocolo de Avaliação Ambiental apresentado pelos holandeses. “Vou acrescentá-lo à minha pesquisa”, disse ela. 

     Técnica do Laboratório da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), campus Frutal, a bióloga Vera Farias Giardi definiu as palestras como “extremamente enriquecedoras”. Segundo ela, o que aprendeu durante o curso será aplicado em seu trabalho. “Com certeza, vai agregar muitos valores à minha profissão”. 

     Uma visita à ETA (Estação de Tratamento de Água) da Copasa (Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais) foi a última atividade do Curso de Monitoramento e Avaliação da Qualidade da Água. Durante a visita, os participantes conheceram o processo de tratamento da água e tomaram conhecimento dos projetos a serem desenvolvidos pela estatal relacionados à preservação ambiental, os quais foram apresentados pelo engenheiro Leonel Sivieri Varanda.

Foto Heber Odahyr


Foto Heber Odahyr
(HidroEX - Curso Módulo II)

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Heber Odahyr

ATIVIDADE SOCIAL NO BAIRRO ESPEERANÇA

Atividade Social feita com moradores do Bairro Eperança - Uberlândia - MG.

Foram feitas atividades recreativas, estimuladoras com práticas religiosas, desenvolvimento de habilidades musicais, leituras e interpretações de textos, controle neurológico, estímulo ao desenvolvimento em grupo, competição por idades.

Ao final foi fornecido um lanche, onde os moradores puderam ter um desprendimento maior quanto às diversidades encontradas, ocorreu um estímulo para integração social.

A atividade ocorreu no dia 22/02/2012 das 19h30min às 21h30min.













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Heber Odahyr

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CERRADO É O BIOMA MAIS DEVASTADO


Cerrado é o bioma mais devastado

Autor(es): » PAULA FILIZOLA
Correio Braziliense - 10/02/2012

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou ontem dados sobre o desmatamento em diferentes biomas brasileiros. De acordo com o programa de monitoramento da pasta, realizado entre 2008 e 2009, o cerrado ainda é a vegetação mais afetada, com 7.637km2 destruídos, o que representa 0,37% da área total do bioma. O governo também apresentou dados da pesquisa sobre pantanal, mata atlântica e pampa. Os três tiveram redução nas taxas de desmatamento. "Estamos conseguindo reduzir em um ritmo muito maior do que nos anos anteriores. É preciso monitorar para formular melhores políticas públicas", afirmou a ministra.

O bioma com o menor índice de desmatamento foi a mata atlântica, que de 2008 a 2009 teve 248km2 derrubados, representando 0,02% do total da vegetação. Atualmente, o estudo mostra que há 22,23% de áreas nativas remanescentes no Brasil. Dos estados brasileiros com mata atlântica, Minas Gerais e Bahia tiveram as maiores taxas de devastação.

No sul do Brasil, a vegetação característica é o pampa. O estudo do ministério mostra que esse bioma é o terceiro mais afetado no país, com uma área desmatada de 331km2. O monitoramento feito por satélite mostra que ainda há 35,89% de vegetação remanescente. Segundo a ministra do Meio Ambiente, uma das possibilidades para explicar o uso da área é a pecuária extensiva na região, além da cultura de arroz e a instalação de indústrias de celulose.

Apesar de ter havido um decréscimo na devastação no pantanal, que é a penúltima na lista dos biomas afetados, a região ainda preocupa. Com 83,07% de área nativa remanescente, o ministério afirmou que não se sabe as reais causas do problema nessa região. "A ação está saindo das bordas e indo para o interior. Isso pode significar ocupação de território ou até a adoção de novas formas de atividade econômica", relatou.

Izabella Teixeira enfatizou também que parte desse desmatamento é autorizada. "No cerrado, por exemplo, existe uma reserva legal de 20%, como em outros estados. O que precisamos é verificar quanto é legal e quanto é ilegal", ponderou.
 
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Heber Odahyr

MUDANÇAS CLIMÁTICAS AFETAM PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Enviado por Míriam Leitão - 09.02.2012 - 13h54m

NA CBN


A FAO, órgão das Nações Unidas para alimentos, publicou relatório dizendo que o preço da comida permanece alto. O índice que mede a inflação de alimentos subiu, mas está 20% abaixo do pico do ano passado. Há esperança de que este ano os preços não aumentem tanto quanto em 2011. 

As mudanças climáticas estão alterando a produção de alimentos em várias áreas. Quando acontece uma coisa aqui no Brasil ou na Austrália, outra grande área produtora, afeta o mundo inteiro. 

Sérgio Abranches disse mais cedo, na CBN, que há oito anos consecutivos eventos climáticos extremos afetam produções importantes em áreas produtoras cruciais. A Austrália tem sempre uma grande seca ou enchente. No Brasil, a seca do Sul afetou nossa produção de soja, depois de ter prejudicado a da Argrentina também. Essas anormalidades estão ficando normais. 

O mundo tem de se preparar para o fato de que eventos extremos - grandes secas, enchentes - acontecerão mais, também no Brasil. E a nossa economia precisa desses alimentos para a população e para a balança comercial. Só não temos vermelho nas contas de comércio, porque o Brasil exporta alimentos. Aí, os produtores dizem: já que salvamos a lavoura, nos deixe mudar o código florestal, reduzir a área de proteção, flexibilizar as leis ambientais. Já os ambientalistas dizem que é preciso aumentar a proteção, porque as mudanças climáticas tornam essas áreas mais vulneráveis. Então, quanto mais proteção houver, mais garantia há de que o Brasil continuará sendo um grande produtor agrícola.

Esse tema tem de ser discutido cada vez mais. Para que a gente tire maior proveito da nossa capacidade de produção agrícola em tempos de mudanças climáticas, que vieram para ficar. 


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Heber Odahyr

CIENTISTA BUSCA NO CERRADO REMÉDIO PARA TRATAR MALÁRIA, DOENÇA DE CHAGAS E LEISHMANIOSE


Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2012
10/02/2012

CIÊNCIAS MÉDICAS

CIENTISTA BUSCA NO CERRADO REMÉDIO PARA TRATAR MALÁRIA, DOENÇA DE CHAGAS E LEISHMANIOSE

Tese foi eleita a melhor das Ciências Médicas da UnB e indicada para concorrer a prêmio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) 

Cecília Lopes

Da Secretaria de Comunicação da UnB


O Laboratório de Farmacognosia da UnB guarda a diversidade do segundo maior bioma do Brasil em vidrinhos de papinha de neném. Os frascos abrigam cerca de 2 mil extratos de plantas do Cerrado, armazenados num freezer a temperatura de -20 °C. No laboratório, além de possíveis medicamentos contra os mais diversos males, uma jovem doutora dedica-se, desde a iniciação científica, a estudar como a natureza pode combater doenças.

Lorena Albernaz, professora da Faculdade de Ciências da Saúde, fez de sua tese de doutorado uma busca por compostos que possam virar fármacos para tratar a malária, a doença de Chagas e a leishmaniose visceral e cutânea. “Essas doenças são típicas de países subdesenvolvidos, e por isso, pouco interessante para grandes empresas farmacêuticas”, afirma.

Ela explica que os remédios disponíveis no mercado estão perdendo a eficácia porque os parasitos estão cada dia mais resistentes. Além disso, esses remédios apresentam alta toxidade ao paciente, pois atuam tanto no parasito quanto nas células humanas. 

Dados da Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) mostram que a malária mata 1 milhão de pessoas por ano. Já a doença de Chagas é endêmica em 21 países da América Latina e do Caribe, com cerca de 14 mil mortes por ano. Em países como Canadá, Japão e Estados Unidos cresce o número de casos por conta da migração de pessoas infectadas. A leishmaniose visceral mata aproximadamente 50 mil pessoas por ano. 


AMIGOS DAS CÉLULAS - Os resultados da pesquisa são promissores. Lorena encontrou em duas espécies de plantas compostos novos, que além de inibirem a atividade dos parasitos da malária, doença de Chagas e da leishmaniose, responderam bem quando entraram em contato com células de mamíferos. “Os testes mostraram que um futuro medicamento elaborado a partir desses compostos não atacaria células normais de humanos, apenas combateria a doença”, explica. Ela alerta que esses são apenas exames preliminares. O próximo passo será testar em camundongos. “Poderemos ver como realmente esses compostos vão se comportar em organismos vivos. Até agora avaliamos apenas in vitro, sem interferência de outras atividades do corpo”, pondera.

Lorena contou com a ajuda do botânico José Elias de Paula para colher folhas, caule, raiz e frutos de plantas do Cerrado. De 217 extratos obtidos, duas espécies apresentaram excelente resposta no combate às doenças: a Spiranthera odoratissima, conhecida como acabadeira, sarrinha ou manacá e a Diospyros hispida, conhecida como olho-de-boi, caqui-do-cerrado, bacupari-bravo ou mucuíba.

A pesquisadora colocou as partes selecionadas das plantas para secar. A próxima etapa foi colocar em contato com diferentes solventes químicos para obter o extrato bruto. Esses extratos foram purificados e os compostos isolados. Cada extrato foi dividido em dez compostos. A planta manacá apresentou cinco compostos ativos. Na espécie do caqui-do-cerrado foram três compostos.



A esperança para encontrar o tratamento em plantas não é por acaso. Muitas doenças como hipertensão, diabetes e diferentes doenças infecciosas são tratadas com compostos de vegetais e animais. “O Cerrado é muito vasto e rico, temos boas chances de encontrar um possível medicamento”, comenta. Lorena estima que mais cinco anos de pesquisa seja tempo suficiente para produzir um fármaco. “Precisamos de financiamento. Com dinheiro as pesquisas evoluem em qualidade e velocidade”, argumenta a pesquisadora.  

MÉRITO - A tese Atividades antiparasitárias e antifúngicas de plantas do Cerrado: Spiranthera odoratíssima e Diospyros hispida, foi eleita a melhor do programa de pós-graduação em Ciências Médicas da UnB em 2010, e concorre para a melhor tese nacional pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O resultado da disputa com outras pesquisas nacionais sai em julho de 2012. “Fico feliz em ter meu esforço reconhecido e me sinto motivada para seguir em frente”, afirma Lorena.


Lorena pesquisa uso medicinal de plantas do Cerrado desde a graduação 

Ela desenvolveu a tese pela UnB em co-tutela com o Museu Nacional de História Natural de Paris, na França. Uma bolsa do programa Alban, destinada para fomentar a cooperação entre instituições da América Latina e União Européia, garantiu o intercâmbio. A pesquisadora ficou com duplo diploma, um em Ciências Médicas pela UnB e o outro em Química de Produtos Naturais pelo Museu. Além da bolsa Alban, Lorena contou com recursos da Capes. “Foi uma experiência maravilhosa. Pude conhecer novas metodologias de pesquisa, excelentes professores e usufruir de bons laboratórios”, conta.

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Heber Odahyr

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO MAMÍFEROS DO CERRADO



               O Programa de Conservação Mamíferos do Cerrado (PCMC) é um grupo de pesquisa criado em 2009 com o objetivo de unir esforços de biólogos e veterinários que levantam informações e estudam aspectos ecológicos e de conservação, da fauna de mamíferos silvestres que ocorrem no Bioma Cerrado. O PCMC desenvolve projetos de pesquisa nas regiões do Triângulo Mineiro e sudeste de Goiás, duas áreas limítrofes já bastante alteradas pela exploração agropecuária, que abrigam ainda fauna e flora rica, mas sob altos riscos de ameaças. O PCMC atualmente direciona seus esforços na conservação de canídeos como a raposa-do-campo, o lobo-guará e o cachorro-do-mato, e também felinos como a onça-parda, a jaguatirica e o gato-mourisco, estudando não somente seus hábitos e comportamentos, mas também suas relações com a paisagem e os conflitos gerados pela convivência com os seres humanos. Realiza ainda levantamentos sistematizados sobre a fauna das regiões de estudo e monitora os atropelamentos destas espécies em rodovias e ferrovias regionais.



               O Projeto Onça Parda do Triângulo Mineiro é um dos projetos da linha de frente do PCMC e têm como objetivo principal aumentar o conhecimento sobre as espécies de felinos silvestres que ocorrem na região do Triângulo Mineiro, mais especificamente entre os municípios de Araguari e Uberlândia, promovendo a sua conservação. Entre as ações desenvolvidas destacam-se os estudos de estimativa de abundância, hábitos alimentares, área de vida e uso da paisagem, genética, perfil sanitário, principais ameaças à sobrevivência e status de conservação. Outra missão é levar informações às pessoas que convivem de perto com carnívoros silvestres, orientando-as em como evitar conflitos com estes animais e coexistir pacificamente com eles.

               O Projeto Onça Parda do Triângulo Mineiro iniciou suas atividades em janeiro de 2009 e desde então já capturou sete onças-pardas e vêm monitorando três delas (machos adultos) via coleiras rádio-transmissoras do tipo GPS. Estas coleiras armazenam informações sobre o deslocamento do animal (localização geográfica, data e hora) além do padrão de atividade, mortalidade e temperatura no local onde se encontra cada indivíduo. Com esses dados é possível aos biólogos inferirem sobre o tamanho da área necessária para a sobrevivência da espécie na região e também como a mesma usa o ambiente. A novidade é que estas três onças são as primeiras da espécie monitoradas com a tecnologia GPS no Brasil e por isso os resultados obtidos neste trabalho são tão importantes. A continuidade do projeto pode ser a garantia da conservação da onça-parda na região do Triângulo Mineiro.

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sábado, 18 de fevereiro de 2012

MANIFESTAÇÃO EM PORTUGAL


Manifestação em Portugal - 11/02/2012

Versão da música "Ai se eu te pego".

Esta é dedicada à luta contra o desemprego, a precariedade, os baixos salários e a política de austeridade que recai de forma pesada sobre os trabalhadores deixando intocadas as fortunas e o capital.

O vídeo apela também à participação na grande manifestação de dia 11 de Fevereiro no Terreiro do Paço, em Lisboa, organizada pela CGTP .


Letra:

Basta! Já chega, que o capital nos roube.

Ai, não nos calam! Ai, não, não nos calam!



Salários de miséria, assim não há justiça.

Ai, não nos calam! Ai, não, não nos calam!



Sábado na manif,

A malta começou a gritar

E não há coisa mais linda

Que a coragem do povo a lutar.



Basta! Já chega, que o capital nos roube.

Ai, não nos calam! Ai, não, não nos calam!



Recibos, desemprego, assim não há justiça.

Ai, não nos calam! Ai, não, não nos calam!



Sábado na manif,

A malta começou a gritar

E não há coisa mais linda

Que a coragem do povo a lutar.







Categoria: Humor


Tags: Manif - Manifestação - 11 de Fevereiro - Ai se eu te pego - michel teló - CGTP - AusteridadeLutaHumorDesempregoPrecariedadeTrabalhadores


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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

CARTA AOS POVOS DO CERRADO


CARTA AOS POVOS DO CERRADO

“Sabemos que nossas caras não são as caras que frequentam as páginas nobres das principais revistas e jornais do país. Somos em nossa maior parte mestiços, mulatos, cafuzos, negros, índios, brancos pobres muitas vezes com a cara suja de carvão” [destaque deste Blog]

À Sociedade Brasileira

Nós, extrativistas, agroextrativistas, agricultores familiares, assentados, mulheres quebradeiras de coco babaçu, vazanteiros, ribeirinhos, geraizeiros, retireiros e pescadores dos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Piauí, reunidos na cidade de Goiânia nos dias 1 e 2 de fevereiro de 2012, após avaliação e análise criteriosa do que vem ocorrendo nos cerrados brasileiros, vimos a público informar e exigir providências imediatas diante da grave situação que se encontra esse bioma e seus povos. Para isso destacamos:

Até hoje, tanto o Executivo como o Legislativo sequer se dignaram a votar o pleito antigo dos Povos dos Cerrado de considerar nosso bioma como Patrimônio Nacional como são reconhecidos a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica. Por quê? Por quê? 

Ignora-se que esse bioma detém mais de um terço da diversidade biológica do país? 

Ignora-se que é no Cerrado que se formam os rios que conformam as grandes bacias hidrográficas brasileiras como a do São Francisco, a do Doce, a do Jequitinhonha, a do Jaguaribe, a do Parnaíba, a do Araguaia/Tocantins, do Xingu, do Tapajós e Madeira (da bacia amazônica), além dos formadores da bacia do Paraguai e do Paraná/bacia do Prata? 

Ignora-se que estão relacionadas ao Cerrado as duas maiores áreas alagadas continentais do planeta, ou seja, o Pantanal e o Araguaia? 

Ignora-se, como disse Guimarães Rosa, que o Cerrado é uma caixa d’água? 

O que mais se precisa para reconhecer esse rico bioma como patrimônio nacional? Por que não? Por que não? 

· Ignora-se que esse bioma é o único bioma que tem vizinhança com todos os outros biomas brasileiros (com a Amazônia, com a Caatinga, com a Mata Atlântica, com a Mata de Araucária)? 

· Ignora-se que somente essas áreas de contato correspondem a 14% do território brasileiro que somados aos 22% do bioma Cerrado correspondem a 36% do nosso território? 

· Ignora-se que esses 14% do território de contato com o bioma Cerrado a outros biomas são áreas de enorme complexidade e ainda maior diversidade biológica? 

· Ignora-se que nessas áreas, particularmente, o conhecimento em detalhe, o conhecimento local, é de enorme valia e que o Brasil detém um acervo enorme desse conhecimento com suas populações camponesas, indígenas e quilombolas que, assim, se mostram importantes para a sociedade brasileira, para a humanidade e para o planeta? 

Não se pode ignorar tudo isso que clama por reconhecimento. Exigimos tanto do Executivo quanto do Legislativo que reconheçam o Cerrado, enfim como Patrimônio Nacional. Mesmo assim cabe a sociedade brasileira e a humanidade indagar porque o Cerrado continua sendo esquecido. 

De nossa parte, como populações extrativistas e agroextrativistas do Cerrado temos envidados nossos melhores esforços para que tenhamos uma política socioambiental, justa, democrática e responsável. 

Aprendemos com nossos irmãos amazônicos, sobretudo com os seringueiros e seu líder Chico Mendes que não há defesa de nenhum bioma sem seus povos. É de Chico Mendes a máxima, “não há defesa da floresta, sem os povos da floresta”. Daí dizermos em alto e bom tom: Não há defesa do Cerrado sem os povos do Cerrado. 

O conhecimento de nossos povos e etnias desenvolvido com o Cerrado é essencial para sua preservação. Com todo o respeito que nutrimos pelo saber científico sabemos que o conhecimento e a sabedoria desenvolvidos há milênios e séculos pelos camponeses e indígenas é um acervo fundamental que colocamos a disposição para um diálogo com qualquer outro saber. 

Daí a convicção que temos da importância de nosso conhecimento, reconhecido por vários cientistas e pesquisadores do Brasil e do exterior, surgiu a idéia de lutarmos por Reservas Extrativistas no Cerrado. Desde o início dos anos 1990 que vimos nessa luta, sabemos que a política socioambiental não pode se restringir à punição e à fiscalização. Ela tem que ser propositiva e ser positiva. Para isso propomos as Reservas Extrativistas onde nosso conhecimento tradicionalmente desenvolvido pode contribuir para a preservação e conservação do Cerrado garantindo uma vida digna para seus povos. 

Todavia como andamos? 

No balanço que fizemos nesses dois dias de trabalho intenso constatamos que nas 30 Resex’s, tanto nas já decretadas como nas que estão em processo de reconhecimento e regularização, a situação das comunidades foi sensivelmente deteriorada pelo completo descaso das autoridades, sobretudo em resolver o problema fundiário, esse nó estrutural que impede até hoje que a sociedade brasileira seja mais justa e feliz. 

O fato dessas áreas terem sido decretadas ou estarem em processo de decretação sem que o problema fundiário tenha sido resolvido, tem feito com que os fazendeiros que deveriam ser indenizados pelo poder público, passem a impedir que a população local tenha acesso para a coletar o baru, o pequi, a fava d’anta, o babaçu e mais de uma centenas de outros produtos com que temos sobrevivido e oferecido à sociedade alimentos, remédios e bebidas. 

Desde que o ICMBIO foi criado em 2007 nenhuma Resex foi criada no Cerrado. Olhado da perspectiva dos Povos do Cerrado o ICMBIO não faz jus ao nome de um dos nossos companheiros que morreu por sua justa luta, para afirmar um paradigma, onde a defesa da natureza não se faça contra os povos , mas, ao contrário, se faça através deles. Em função dessa omissão das autoridades cuja responsabilidade pública as obriga a zelar pelo patrimônio natural, uma das entidades de nossa articulação entrou com uma ação pública civil junto ao Ministério Público. Todavia, passado 1 ano sequer nossa ação mereceu qualquer resposta por parte do Ministério Público, apesar de ser uma denúncia de prevaricação de um órgão público. A julgar pelos dados oficiais que nos informam que no último ano foram desmatados somente no Cerrado 646 mil hectares, o que perfaz um total de 1.772,33 hectares por dia, podemos dizer que a cada dia que o Ministério Público deixa de se pronunciar e, assim, de julgar o crime de prevaricação, deixa de evitar que mais de mil e setecentos hectares sejam desmatados diariamente. A palavra está com o Ministério Público enquanto a nossa realidade espera com devastação e insegurança. Tudo isso alimenta um lamentável clima de impunidade. 

Ignora-se que muitos remédios que curam o glaucoma, a hipertensão arterial dependem de frutos colhidos por nós, como é o caso faveira/fava d’anta de onde se extrai mais de 90% da rutina, substância química para esses remédios. Ignora-se, e por ignorância alimenta se o preconceito, que essas populações podem viver dignamente dessas atividades, como provamos que numa área com 4 árvores adultas de baru se obtém mais renda do que em um hectare plantado com soja. 

Enfim, precisamos ter uma política que dialogue com nossa cultura, com nossos povos para que se tenha um viver bem com justiça social e responsabilidade ecológica. Mas para isso é preciso que as autoridades viabilizem as Resex’s no Cerrado. Toda nossa mobilização encontra a desculpa pouco crível da falta de recursos. Bem sabemos que se há falta recurso é preciso estabelecer prioridades. Isso é fundamental na política. Desse modo, a falta de recursos acaba sendo a confissão pública de que as Resex’s no Cerrado não são prioridade. Mas sabemos que o argumento da falta de recurso é um argumento em si mesmo falso. Afinal, o governo tem anunciado publicamente sua eficiência no recolhimento dos impostos que a cada ano engorda mais a receita federal. O nosso governo tem anunciado ainda os sucessivos saldos, nas contas externas, como prova de seu êxito. Se tanto êxito há na entrada de divisas no país e no recolhimento de impostos da receita federal como se sustenta o argumento de que não há recursos? 

Mais grave ainda, é o fato de que aqueles que como nós, vimos lutando por essas reservas extrativistas estamos expostos à truculência não só dos fazendeiros que nos impedem o acesso das áreas onde tradicionalmente colhemos, como também da expansão do latifúndio da monocultura de exportação de soja, da monocultura de algodão, da monocultura de eucalipto, da monocultura de pinus, da monocultura de girassol, da invasão de madeireiros, da expansão de carvoarias para fazer carvão para ferro gusa e exportar minério puro para mineradoras que vem crescendo sobre nossas áreas da pressão para a construção de barragens que, via de regra, servem de base para a exploração mineral para exportação. Todos esses setores foram nominalmente citados na avaliação criteriosa das ameaças de cada uma das Resex’s criadas e em processo de criação nos cerrados. 

A truculência dos que ameaçam se concretiza ameaça de morte aos nossos companheiros e companheiras que se vêem obrigados, tal e como na época da ditadura, a viverem escondidos longe de suas famílias. Exigimos das autoridades todas as providências para a garantia das vidas de Osmar Alves de Souza do município de São Domingos/GO; de Francisca Lustosa do município de Tanque/PI, Maria Lucia de Oliveira Agostinho, município de Rio Pardo de Minas/MG; Neurivan Pereira de Farias, município de Formoso/MG, Wedson Batista Campos, município de Aruanã/GO; Adalberto Gomes dos Santos do município de Lassance/MG; Welington Lins dos Santos, município de Buritizeiro/MG; Elaine Santos Silva, município Davinópolis/MA; José da Silva, município de Montezuma/MG. 

Responsabilizamos antecipadamente as autoridades pelo que vier acontecer com a vida desses companheiros e dessas companheiras, cujo único crime tem sido o de lutar pela dignidade de suas famílias através da Resex’s. Não queremos que o nome desses companheiros e companheiras venha a se somar ao de Chico Mendes, ao de Dorothy Stang e aos quase 2000 assassinados no campo brasileiro desde 1985, conforme vem acompanhando a Comissão Pastoral da Terra. Temos todas as condições com as Resex’s de oferecer condições de vida digna, com justiça e equidade social com a defesa do Cerrado. 

Não queremos que nossas famílias venham engordar os dados estatísticos dos que dependem da bolsa família, ou outras bolsas para viver. Respeitamos essa política, até porque a temos como uma conquista do povo brasileiro, mas não vemos com bons olhos o aumento do número dos que vivem dela. A Resex é uma maneira mais sustentável de garantir a sobrevivência digna, como é a reforma agrária. Chico Mendes, dizia que a “Resex era reforma agrária dos seringueiros”. E nós afirmamos que a Resex é a forma de ampliar o significado da reforma agrária ao lhe dar sentido ecológico e cultural. 

Este ano o Brasil estará recebendo não só governantes de todo o mundo como diversas populações de todo o planeta na Rio+20. Assim como nós, vários grupos sociais da África, da Ásia e na América Latina que vem sofrendo com avanço sobre suas terras de um agro negócio devastador e uma mineração voraz de minérios e água estarão também aqui presentes. 

Esperamos que as autoridades brasileiras estejam a altura de suas responsabilidades de estarem à frente do maior país tropical do mundo e onde se encontram as maiores reservas de água do planeta. Que honre esse fato de ser a tropicalidade caracterizada pela enorme diversidade biológica e que ainda honre por zelar pelo enorme acervo de conhecimentos que está entre as quebradeiras de coco de babaçu, os vazanteiros, os retireiros, os caatingueiros, os pescadores, os geraizeiros para ficarmos com alguns grupos sociais dessa enorme sociodiversidade do Cerrado. 

A diversidade biológica e a sociodiversidade, para nós indissociáveis, não podem continuar sendo retórica nos documentos oficiais, sem que haja o rebatimento no orçamento para garantia de solução da questão fundiária. De nada adianta falar de rica biodiversidade se não se garante no orçamento dinheiro para compra de terras. 

Sabemos que nossas caras não são as caras que frequentam as páginas nobres das principais revistas e jornais do país. Somos em nossa maior parte mestiços, mulatos, cafuzos, negros, índios, brancos pobres muitas vezes com a cara suja de carvão. 

Sabemos que o Cerrado tem sido oferecido aos grandes latifúndios do agronegócio, que não só produzem muitas toneladas de grãos, de pasta de celulose, de carnes para exportação como também produzem muita poluição e muito desperdício das águas produzem muita erosão, produzem monocultura onde há muita diversidade de plantas e animais e ainda produzem muito/as trabalhadore/as rurais sem terras com a concentração de terras e concentram poder econômico e político e, assim contribuem para por em risco a democracia. Basta ver o poder que têm as empresas de mineração e dos agronegociantes para fazerem propaganda, financiarem noticiários nas rádios, jornais e TV’s onde, via de regra, somos criminalizados e vistos como aqueles que querem impedir o progresso, como se só houvesse uma maneira de progredir, e como se fôssemos o lado errado. [grifos do Blog] 


No entanto, estamos aqui cônscios de que temos muito a dar ao Brasil, à humanidade e ao planeta. Nossa luta não será em vão e, por isso, dizemos com o poeta: 

“Nem tudo que é torto é errado, veja as pernas do Garrincha e as árvores do Cerrado”. 

Nicolas Behr 

Viva o Cerrado! 

Viva os Povos do Cerrado! 


O Cerrado não vive por si só! Que a Rio+20 seja a confluência dos diversos rios de resistência pela cultura e pela natureza! 



Assinam:

Rede de Comercialização Solidária de Agricultores Familiares e Extrativistas do Cerrado 
Resex Mata Grande, Davinopólis/MA 
Resex Lago do Cedro, Aruanã/GO 
Resex Recanto das Araras de Terra Ronca, São Domingos/GO 
Resex Chapada Limpa, Chapadinha/MA 
Resex Chapada Grande, Tanque/PI 
Resex Galiota e Córrego das Pedras, Damianopólis/GO 
Resex Contagem dos Buritis, São Domingos/GO 
Resex Rio da Prata, Posse/GO 
Resex Tamanduá/Poções, Riacho dos Machados/MG 
Resex Sempre Viva, Lassance/MG 
Resex Serra do Múquem, Corinto/MG 
Resex Barra do Pacuí, Ibiaí/MG 
Resex Três Riachos, Santa Fé de Minas/MG 
Resex Brejos da Barra, Barra/BA 
Resex Serra do Alemão, Buritizeiro/MG 
Resex Curumataí, Buenopólis/MG 
Resex Retireiros do Médio Araguaia, Luciara/MT 
Resex Areião e Vale do Guará, Rio Pardo de Minas/MG 
Cooperativa Mista de Agricultores Familiares, Extrativistas, Pescadores, Vazanteiros e Guias Turísticos do Cerrado – COOPCERRADO 
Cooperativa Grande Sertão 
Cooperativa de Agricultores Familiares Agroextrativistas de Água Boa II 
Associação dos Moradores agricultores familiares de Córrego Verde 
Associação dos Retir eiros do Médio Araguaia 
Associação dos trabalhadores da reserva extrativista Mata Grande/MA 
Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu 
Associação dos agricultores familiares trabalhando junto Colônia de Pescadores de Aruanã/GO 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Riacho dos Machados/MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Lassance/MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Buritizeiro/MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Jequitaí/ MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Santa Fé de Minas/MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Ibiaí/MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Montezuma/MG 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Davinopólis/MA 
Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Tanque/PI 
Coordenaçã o do Pólo Sindical do Pólo de Oeiras/PI 
Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado – CEDAC 
Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais – CAA 
Projeto Chico Fulô 
Universidade Federal Fluminense 
Federação dos Trabalhadores Rurais de Minas Gerais – FETAEMG 
Eixo-3 – Meio Ambiente e Saúde – Programa de Formação Continuada com Docentes do Ensino Básico/PROEX/UFU - MG 

Enviada por Carlos Alberto Dayrell. 


Publicado por 
Heber Odahyr

sábado, 11 de fevereiro de 2012

IV SIMPÓSIO DE BIOMONITORAMENTO AMBIENTAL E ECOTOXICOLOGIA


IV SIMPÓSIO DE BIOMONITORAMENTO
AMBIENTAL E ECOTOXICOLOGIA




APRESENTAÇÃO
O IV Simpósio de Biomonitoramento Ambiental - Ecotoxicologia será realizado nos dias 16 e 17 de Junho de 2012, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) da Universidade Federal do Espírito Santo em Vitória-ES. Este evento será promovido pela UFES por meio do Laboratório de Malacologia/DCBio e o Instituto APLYSIA.
A utilização cada vez mais acentuada de produtos como fármacos, praguicidas, cosméticos, corantes e muitos outros, resultantes das atividades humanas, têm comprovadamente causado um aumento nas taxas de contaminação ambiental, afetando todos os seres vivos, desde microorganismos, plantas, até seres humanos.
Por outro lado, a preocupação com a degradação ambiental tem levado ao desenvolvimento de métodos e técnicas que permitem identificar e quantificar esses produtos além de avaliar as conseqüências do seu uso para a saúde do meio ambiente.
O Estado do Espírito Santo, por se tratar de um estado bastante industrializado, com atividades crescentes na área portuária e com uma importante vocação para produção agrícola apresenta-se hoje em estado de risco eminente provocado por essas atividades.
Assim, no IV Simpósio de Biomonitoramento Ambiental- Ecotoxicologia, profissionais, técnicos, estudantes de graduação e pós-graduação e demais interessados poderão discutir, aprender e difundir as técnicas utilizadas para biomonitoramento ambiental, além de discutir metodologias e medidas mitigadoras, as quais remetam a recuperação e preservação dos ecossistemas.
TEMAS ABORDADOS               
Durante o evento, profissionais da área de Ecotoxicologia/Biomonitoramento e Gerenciamento Costeiro de vários estados do Brasil irão abordar temas como estrutura de comunidades; poluição atmosférica; contaminação do sedimento; contaminação e ecotoxicologia na água doce e marinha; contaminação em áreas portuárias e seus impactos sobre a biota e sobre as comunidades humanas.
PÚBLICO ALVO
Serão abertas 250 vagas para inscrições, e o Simpósio será destinado a técnicos de órgãos ambientais, empresas privadas, professores, estudantes de graduação, de pós-graduação e profissionais das áreas de Ciências Biológicas, Geografia, Oceanografia, Química, Educação Ambiental, Engenharia Ambiental, Engenharia Agronômica, Direito, dentre outros, além de membros da comunidade em geral.

PROGRAMAÇÃO CONFIRMADA


Sábado, 16 de Junho de 2012
8:00 – Abertura da Secretaria.
Recepção aos participantes, entrega de material. Café da Manhã.

9:00 – 9:30 – Abertura oficial.
Representantes da UFES, IEMA, Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia, Conselho Regional de Biologia, FAPES, FACITEC e Comissão organizadora.

Sessão 1: Contaminação por poluentes atmosféricos

9:30 – 10:10 – Palestra 1 - Dra. Mary Rosa Rodrigues de Marchi (UNESP- ARAQUARA).
Título: A influência das queimadas de cana-de-açúcar no aporte ambiental de HPAs.

10:10 – 10:50 - Palestra 2 - Dr. Gilberto Fillmann (FURG).
Título: Rede Latino-americana de monitoramento de POPs.

Sessão 2 : Ecossistema Terrestre

10:50 – 11:30 - Palestra 3 - Dra. Aline Campagna (APLYSIA).
Título: Diagnóstico ambiental e avaliação de risco: importância dos ensaios ecotoxicológicos utilizando organismos aquáticos e terrestres em sistemas isolados e integrados.

11:30 12:10 - Palestra 4 - Dr. Guilherme Julião Zocolo (UNESP- ARAQUARA).
Título: Fotoestrógenos da soja no ambiente e correlação com atividade estrogênica.

12:10 – 14:00Almoço

Sessão 3: Ecossistema Marinho


14:00 – 14:40Palestra 5 - Dr. Charrid Resgala (Univali-SC).
Título: Análise integrada da qualidade do sedimento do baixo estuário do Rio Itajaí-açu: ecotoxicologia, metais e comunidade bentônica. 


14:40 – 15:20 - Palestra 6 - Dr. Bruno Corrêa Pereira (Petrobrás/CENPES/PDEDS/AMA). Laboratório de Ecotoxicologia.
Título: Biomonitoramento para avaliação ambiental do lançamento de efluentes da indústria de óleo e gás em áreas marinhas.

15:20 – 15:50Intervalo

Sessão 4: Água doce

15:50 – 16:30 - Palestra 7  - Dra. Mary Rosa Rodrigues de Marchi (UNESP- ARAQUARA).
Título: Fármacos no ambiente: situação no Brasil. 

16:30 – 17:10 - Palestra 8  - Dra. Clarice Maria Rispoli Botta (USP-São Carlos).
Título: A ecotoxicologia como ferramenta de avaliação e monitoramento de ecossistemas aquáticos.

Sessão 5: Biomarcadores

17:10 – 17:50 -  Palestra  9   - Dra. Zilma Maria de Almeida Cruz (UVV-ES).
Título: Alterações enzimáticas em Holoturia grisea como estratégia de monitoramento ambiental.

17:50Encerramento 1º dia

Domingo, 17 de Junho de 2012

Sessão 6: Ecossistema Aquático Continental

9:00 –10:15 - Palestra 10   - Dr. Gilberto Barroso (UFES).
Título da Palestra: Gradientes flúvio-estuarinos e os fluxos de poluentes e contaminantes.


10:15 -  10:45Intervalo


10:45 – 11:30 - Palestra 11  - Dr. Jean R.D. Guimarães (UFRJ). 
Título da Palestra: Hg na Bacia do Tapajos: não há resposta certa para pergunta errada.

11:30 – 13:30 - Almoço 

Sessão 7: Áreas portuárias

13:30 – 14:20Palestra 12  - Dr. Gilberto Fillmann (FURG).
Título: Monitoramento do Porto de Rio Grande: Microcontaminantes.

14:20- 15:00Palestra 13   - Doutoranda Mercia Barcellos da Costa (UFES).
Título: Contaminação  por antifoulings em áreas portuárias e costeiras no Espirito Santo.

15:00 – 15:50Palestra 14  - Dr. Paulo Roberto A. Tagliani (FURG).
Título: Impactos socioambientais das atividades portuárias. Estudo de caso: o Porto do Rio Grande.

15:50 – 16:20Intervalo

Sessão 8: Controle Ambiental de Dragagens

16:20 – 17:00Palestra 15 - Ocean. Ubiratan de Freitas (IEMA-ES).
Título da Palestra: Biomonitoramentos para controle de dragagens no ES: um estudo de caso.

17:00 – 17:40Palestra 16  -  Dra Marta C. Lamparelli (CETESB-SP).
Título: Biomonitoramento das atividades de dragagem no estado de São Paulo.


17:40 – 18:00Debate

18:00Encerramento do IV Simpósio.


LOCAL E DATA
O evento acontecerá nos dias 16 e 17 de Junho de 2012 e será realizado na cidade de Vitória – Espírito Santo, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas Prof. Manoel Vereza, da Universidade Federal do Espírito Santo. 


Endereço:

Campus Universitário Alaor Queiroz de Araújo
Av. Fernando Ferrari, 514
Goiabeiras – Vitória – ES

Publicado por
Heber Odahyr