NA CBN
A FAO, órgão das Nações Unidas para alimentos, publicou relatório dizendo que o preço da comida permanece alto. O índice que mede a inflação de alimentos subiu, mas está 20% abaixo do pico do ano passado. Há esperança de que este ano os preços não aumentem tanto quanto em 2011.
As mudanças climáticas estão alterando a produção de alimentos em várias áreas. Quando acontece uma coisa aqui no Brasil ou na Austrália, outra grande área produtora, afeta o mundo inteiro.
Sérgio Abranches disse mais cedo, na CBN, que há oito anos consecutivos eventos climáticos extremos afetam produções importantes em áreas produtoras cruciais. A Austrália tem sempre uma grande seca ou enchente. No Brasil, a seca do Sul afetou nossa produção de soja, depois de ter prejudicado a da Argrentina também. Essas anormalidades estão ficando normais.
O mundo tem de se preparar para o fato de que eventos extremos - grandes secas, enchentes - acontecerão mais, também no Brasil. E a nossa economia precisa desses alimentos para a população e para a balança comercial. Só não temos vermelho nas contas de comércio, porque o Brasil exporta alimentos. Aí, os produtores dizem: já que salvamos a lavoura, nos deixe mudar o código florestal, reduzir a área de proteção, flexibilizar as leis ambientais. Já os ambientalistas dizem que é preciso aumentar a proteção, porque as mudanças climáticas tornam essas áreas mais vulneráveis. Então, quanto mais proteção houver, mais garantia há de que o Brasil continuará sendo um grande produtor agrícola.
Publicado por
Heber Odahyr
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