UMA HISTÓRIA DE AMOR A TERRA
A família Balbo inicia suas atividades no
setor açucareiro em 1903, quando o patriarca Atílio Balbo começa a trabalhar no
Engenho Central na cidade de Sertãozinho, no interior de São Paulo. Durante os
43 anos seguintes, o Sr. Atílio e seus filhos se especializaram nas mais
diversas atividades envolvidas no setor açucareiro.
No fim desse período, mais precisamente
em 1946, a família funda a Usina Santo Antônio (USA). A vocação, aliada com a
experiência e conhecimento, gerou a produção de 1.383 toneladas de açúcar
(23.046 sacas de 60 quilos) na primeira safra, em 1947.
A família ainda não possuía destilaria nem terras próprias para o cultivo da cana. Dali em diante os passos para o crescimento foram constantes, sempre em cidades do interior paulista. Marcos importantes foram as aquisições das seguintes usinas: Usina São Francisco (UFRA), em 1956; Usina Santana, em 1962 (ambas em Sertãozinho), e a Usina Perdigão em 1965, em Ribeirão Preto. As duas últimas foram incorporadas à USA. Em 2008 foi inaugurada a Usina Uberaba, uma parceria entre o Grupo Balbo e outros empresários.
Administradas por homens criados no cultivo e na industrialização da
cana-de-açúcar, as usinas registraram
aumento expressivo da capacidade produtiva hoje, 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 293 mil toneladas de açúcar,
e 318 mil m3 de álcool.
A cana
utilizada pelas usinas é fornecida por mais de 300 produtores autônomos e pela
Agropecuária Tamburi, empresa do grupo
que atua em terras das usinas e de terceiros, em regime de parceria, nos
municípios de Sertãozinho, Ribeirão Preto, Jardinópolis, Dumont, Barrinha e
Jaboticabal.
São 84% de
área cultivada com cana-de-açúcar e 16% com outras culturas e vegetação nativa. Na lavoura da cana-de-açúcar, também se cultivam cereais e adubos verdes, em
regime de rotação de culturas.
As usinas
são auto-suficientes em energia, obtendo-a a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. A produção
de energia térmica, mecânica e elétrica, em modelo de co-geração, está a cargo
da empresa Bioenergia, também do grupo Balbo, que atende às necessidades
das empresas e comercializa os excedentes de energia elétrica.
Além da USA, da UFRA e da Bioenergia, o
Grupo detém participações nas empresas PHB Industrial S.A., que desenvolve a tecnologia da resina plástica
biodegradável a partir do açúcar da cana.
PLÁSTICO DE AÇÚCAR
A vocação para inovação nos levou a concretizar uma joint-venture das usinas
Santo Antônio e São Francisco com a Usina da Pedra, de Serrana (interior paulista), voltada à ampliação
e consolidação da tecnologia e da produção de plástico biodegradável a partir do açúcar de cana, bem como à sua exploração industrial e comercial: a Biocycle.
Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Copersucar (CTC) e pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), essa
tecnologia foi implantada na Usina da Pedra, entre 1995 e 1999. A Biocycle
assumiu a unidade-piloto já instalada, que produz 50 toneladas anuais de plástico biodegradável, com o objetivo de ampliar as possibilidades de
aplicação industrial do produto.
MELHOR QUALIDADE DE VIDA
A preferência dada
aos alimentos saudáveis e absolutamente naturais.
Definitivamente, o mercado orgânico não é mais coisa de visionários. A
realidade mostra hoje um setor que movimenta, em termos globais, uma fatia
considerável de muitos e muitos bilhões de dólares.
Além do peso comercial positivo na economia, isso significa que é o
consumidor, com consciência e atitudes renovadas, que vem fazendo esse mundo
crescer cada vez mais rápido. E um dos principais reflexos dessa busca por
uma melhor qualidade de vida é a preferência dada aos alimentos
saudáveis e absolutamente naturais, frutos de processos reconhecidamente
limpos e ecológicos - os orgânicos. Na formação desse comportamento
inteligente, a informação é fundamental para o esclarecimento sobre a amplitude
do conceito orgânico. Assim, indicamos o site http://www.nativealimentos.com.br/pt-br/mundo-organico/links.php para tirar algumas dúvidas e contribuir para
elucidar e difundir esse universo.
CICLO DE PRODUÇÃO NATIVE
Uma das mais importantes aplicações dos conhecimentos agronômicos do
Grupo Balbo é o sistema global de produção e colheita de cana crua,
iniciado em 1987 o chamado Projeto Cana Verde. Consistia seu objetivo
principal o desenvolvimento de um sistema auto-sustentável de produção de
cana-de-açúcar, buscando manifestar todo o potencial ecológico e
conservacionista dessa cultura.
O trabalho compreendeu milhares de horas de pesquisas e grandes
investimentos, incluindo o desenvolvimento de uma colhedora de cana
crua em colaboração com o fabricante, a sistematização de áreas para a
colheita mecanizada, a adequação de variedades, a adubação orgânica, o
tratamento fitossanitário e o preparo do solo, entre outras ações.
Desde o preparo de solo para o plantio, até o processamento industrial
da cana, realizou-se a integração entre a mais avançada tecnologia disponível e
o conhecimento ancestral do ser humano no trato orgânico da terra. Como
resultado, a Usina São Francisco recebeu, em outubro de 1997,
o certificado de produtor orgânico.
Atualmente, a UFRA cultiva organicamente 7.500 hectares de
terras com cana-de-açúcar. Para complementar as necessidades de matéria-prima
orgânica da Usina, 7.500 hectares de onze fazendas localizadas na Usina Santo
Antônio foram convertidos e certificados. Os atuais 15.000 hectares de
canaviais certificados são industrializados organicamente pela Usina São
Francisco.
COLHEITA
DE CANA CRUA
O novo sistema de produção desenvolvido pelo Grupo
Balbo permitiu realizar a colheita de cana sem a necessidade de
queimadas. As colhedoras, ao mesmo tempo em que retiram a cana, promovem a
deposição da palha verde no solo, o que cria uma cobertura morta que o protege
da erosão e da insolação.
A terra também recebe efluentes orgânicos líquidos e sólidos
provenientes da indústria. Como o ciclo de produção de um canavial é de
aproximadamente seis anos, durante os quais se obtêm cinco colheitas, o solo só
é revolvido a cada seis ou sete anos. Além disso, as máquinas e veículos
possuem esteiras e pneus de alta flutuação, minimizando a compactação do solo.
Todas essas técnicas ajudam a manter a
fertilidade do solo, criando um ambiente favorável para a ação dos microrganismos
benéficos e para a infiltração de água e ar, essenciais para o desenvolvimento
das plantas. Aliadas a ações como o controle biológico de pragas e doenças,
a adubação verde em sistema de rotação de cultura com leguminosas e
outras culturas, o manejo adequado de plantas espontâneas e a criação de ilhas
de biodiversidade em meio à cultura, tais práticas asseguram o convívio
equilibrado e harmônico entre o agricultor e a natureza.
Processo de colheita no campo
CONTROLE
BIOLÓGICO DE PRAGAS
Nós realizamos dois tipos de controle biológico de pragas: o
dirigido e o induzido. O primeiro é realizado por meio da liberação de milhões
de inimigos naturais das pragas da cana no campo, que exercem um controle
natural, sem quaisquer riscos ao meio ambiente. A Usina São Francisco
possui um laboratório onde são criadas as populações controladoras e se
concentram as atividades fitossanitárias. Sua liberação na plantação é
orientada por minuciosos levantamentos populacionais das pragas, realizados
periodicamente.
Já o controle biológico induzidos ocorre
por meio da modificação dinâmica do modelo de produção, de acordo com as
tendências de equilíbrio ecológico entre pragas e seus predadores. Realiza-se
um monitoramento sistemático, a fim de orientar a adoção das medidas.
PARQUE
INDUSTRIAL
O parque industrial da Usina São Francisco está instalado em local
privilegiado, entre florestas, canaviais e vegetação ribeirinha exuberante. O
processamento industrial adota as mais modernas técnicas de produção, com foco
em produtividade, minimização de impactos ambientais e segurança do
trabalhador.
A cana orgânica chega à unidade de processamento minutos após
a colheita, o que preserva integralmente suas características naturais. A
pesagem das cargas inicia um processo documental que permite a perfeita
rastreabilidade da produção.
No laboratório de qualidade, analisam-se amostras da cana orgânica.
Posteriormente, ela é descarregada na mesa de alimentação, que a levará ao
sistema de preparo, onde será desintegrada. Extrai-se o caldo orgânico por meio
de um processo mecânico de moagem. Como resultado da moagem de cana crua,
obtém-se um caldo de alta pureza e cor incomparável. Após a moagem, o
caldo é filtrado e enviado para a fábrica de açúcar.
Deposita-se o caldo orgânico em tanques, nos quais as impurezas minerais
e vegetais decantam. Essas impurezas passam por filtros a
vácuo, originando um importante fertilizante orgânico, que retorna aos
canaviais. O caldo limpo é submetido a um processo de múltipla evaporação,
resultando num xarope orgânico com alta concentração de sacarose, enviado aos
cristalizadores a vácuo, onde são formados os cristais de sacarose. O produto
final da cristalização compõe-se de cristais de sacarose e melaço.
Por meio de centrifugação, separa-se o açúcar do melaço este segue como
matéria-prima para a produção do álcool.O açúcar orgânico é seco e
empacotado em embalagens que atendem padrões de fabricação e que podem ser
recicladas após o consumo. Estocado em armazéns especialmente reservados
para produtos orgânicos, pode ser expedido em contêineres para transporte marítimo,
no caso das exportações, ou em outros veículos de carga, conforme a necessidade
do cliente.
Monitora-se continuamente o processo industrial,
ao longo da cadeia de produção. A Usina São Francisco possui um laboratório de
qualidade, no qual ocorrem análises de caldo, bagaço, melaço, açúcar e álcool,
entre outros. No caso do açúcar, os parâmetros de qualidade estabelecidos pela
especificação são analisados regularmente, emitindo-se um certificado de
qualidade ao fim da produção de cada lote.
PROGRAMA
DE QUALIDADE
A qualidade sempre orientou todas as atividades das empresas do Grupo
Balbo. Oficialmente, o Programa de Qualidade Total iniciou-se em 1992, com
o treinamento de funcionários da Divisão Industrial da Usina São Francisco.
A implantação dessa nova cultura possibilitou que, em dezembro de
1995, com a participação de todos os funcionários do Grupo, elaborássemos
a Missão e os Valores do Grupo Balbo.
O processo de certificação ISO 9002 da Divisão Industrial da
Usina São Francisco começou em novembro de 1996. Em agosto de 1998,
após auditoria realizada pelo B.V.Q.I. (Bureau Veritas Quality
International), os processos de produção de açúcar, álcool, levedura, óleo
fúsel e bagaço receberam a certificação. Posteriormente, esta certificação
foi atualizada para a norma ISO 9001:2000.
Toda a produção é submetida a sistemas internacionais de segurança
do produto, como o GMP (sigla em inglês para Boas Práticas de Fabricação), que
tem o objetivo de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento
eliminando possíveis riscos de contaminação, o House Keeping de limpeza e
organização e o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle –
HACCP, método para prevenção aos fatores de risco ou perigos potenciais à
inocuidade dos alimentos.
GOTAS
DE SOL
Publicado por
Prof. Heber Odahyr
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