ATIVIDADES DO EIXO 3 - MEIO AMBIENTE E SAÚDE

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quinta-feira, 21 de março de 2013

HISTÓRIA DO DIA MUNDIAL DA ÁGUA


História do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.
Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.



Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. 

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. 

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. 

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. 

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. 

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. 

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. 

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. 

Frases sobre o Dia Mundial da Água:

·         Água é vida. Vamos usar com inteligência para que ela nunca falte.
·         O futuro de nosso planeta depende da forma com que usamos a água hoje.
·         Todo dia é dia de água, pois ela está presente em tudo e em todos.
·         O Dia Mundial da Água não é só para pensar, mas principalmente para agir: vamos usar este recurso natural com sabedoria para que ele nunca acabe.
·         Sem a água não haveria vida na Terra! Pense nisso neste Dia Mundial da Água.

Dia Interamericano da Água

Todo o continente latino-americano e o Caribe se preparam para as atividades relacionadas ao Dia Interamericano da Água – que é comemorado sempre no 1º sábado do mês de outubro – 5 de outubro, este ano. A atividade que se constitui em uma celebração da água é auspiciada pela Organização Pan-americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPS/OMS), Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (Aidis), Associação Caribenha de Água e Águas Residuais, Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente/Escritório Regional para América Latina e Caribe (PNUMA/ORPALC).
No ano 2002 se completam 10 anos da iniciativa sobre o Dia Interamericano da Água (DIAA) e será um evento de especial significação. Este ano coincide, além disso, com os 100 anos da Organização Pan-americana da Saúde (OPS/OMS), razão pela qual as celebrações terão um marco muito especial, já que se comemora um século do início de atividades transcendentais para a saúde da população de toda América.
O Dia Interamericano da Água foi criado oficialmente em 1992, durante o XXIII Congresso  Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, que teve lugar na cidade de Havana, Cuba. O fundamento desta proposta se centrou na idéia de que a participação das comunidades é um elemento-chave para o êxito dos programas de saneamento ambiental, por isso, a mobilização de diversos grupos e a possibilidade de que tenham acesso à informação sobre o tema se constituem em um motor importante para a promoção de ações concretas neste campo.  
Ao longo destes dez anos de celebração do Dia Interamericano da Água foram tratados aspectos diversos relacionados com a água e a participação. Na primeira celebração se trataram das relações entre a água, a vida e a saúde; posteriormente, se deu ênfase na água e o ambiente; já em 1995 se considerou a água como um patrimônio que deveria ser preservado; logo continuaram as celebrações com o lema de que a água deve ser cuidada, já que é tão valiosa como a própria vida.
Em 1997, as ações se centraram na qualidade da água potável e a saúde, no ano seguinte se destacou a importância da participação de todos para contar com água segura. O direito das crianças à água foi o tema de 1999 e o ano 2000 se centrou na necessidade de usar racionalmente a água porque cada gota conta. Finalmente, o ano 2001 se concentrou na aliança estratégica entre a água a saúde, a favor da vida.
Em 2002 se enfatizou a importância de superar os problemas de escassez, evitar o desperdício e fortalecer nossa capacidade de economia e de uso racional, e se chega à primeira década desta iniciativa.

Dia Interamericano da Água 2004                           

Com este lema, o Dia Interamericano da Água 2004 concentra seus esforços em alertar para a imperiosa necessidade de reduzir a vulnerabilidade dos serviços de água a fim de assegurar a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos em situações de desastres e emergências.
Em um território geográfico marcado pelo risco como é a América Latina e o Caribe, o Dia Interamericano da Água 2004 - comemorado no primeiro sábado do mês de outubro - também busca avaliar o impacto socioeconômico e de saúde ocasionado pelos desastres e defender a adoção de ações intersetoriais que impulsionem uma apropriada gestão do risco nos sistemas de água e esgoto da Região.
Do ponto de vista sanitário, a água segura ligada a uma adequada disposição dos esgotos é essencial para o controle de numerosas enfermidades. Por isso a água para uso e consumo humano deve ser avaliada em função da quantidade disponível e da qualidade.                                                                                  
Em resposta à necessidade de melhorar a qualidade da água potável na América Latina e Caribe, foi elaborado o Plano Regional 1997-2006, cujas estratégias incluem elementos de curto, médio e longo prazo. Um dos quatro componentes centrais do Plano é "a educação, a mobilização social e a sustentabilidade".
Como ideia central deste componente se encontra a necessidade de criar uma cultura da água que promova o uso eficiente da água, a proteção e a melhoria da qualidade da água, e a necessária capacitação dos grupos vulneráveis.
Quanto aos objetivos do Plano Regional, cabe destacar o que se refere a "informar e sensibilizar a população sobre os riscos derivados do consumo de água não potável e a conveniência de aceitar o consumo de água clorada, e sobre a preservação das fontes de abastecimento".
Entre as metas do componente de educação e mobilização do Plano destaca-se a incorporação da cultura da água nos planos setoriais e de educação, a criação de programas de divulgação sobre a qualidade da água e a realização de planos de educação e de capacitação para melhorar hábitos de higiene e de saneamento básico.
No Programa Conjunto de Monitoramento (PCM) do abastecimento de água e serviços de esgoto desenvolvido conjuntamente pela OMS e UNICEF desde 1990, se estabelecem como duas das causas principais de mortalidade e morbidade no mundo a ingestão de água não segura e a falta de meios apropriados para o tratamento disposição adequada do esgoto doméstico. Por este motivo, são definidas três soluções importantes: a construção de instalações apropriadas, o cuidado para o bom funcionamento e manutenção, e a promoção de seu uso correto.
Finalmente, na Reunião do Conselho Colaborador de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, o informe do grupo especial sobre desenvolvimento de recursos humanos recomendou que a atenção se dirija às escolas e às crianças que não têm acesso a elas.
Efetivamente, como também destacou o (Centro Internacional de Água e Saneamento), as crianças são agentes de mudança. Se o trabalho for centralizado nas crianças em idade escolar e são oferecidas condições e conhecimento para melhorar seus hábitos atuais, haverá a possibilidade de que as futuras gerações estejam melhor preparadas para cuidar da saúde e do meio ambiente.
Quando as condições sanitárias das escolas são boas, se constituem em modelos tanto para os alunos, como para os professores e pais, com uma forte influência adicional para o resto da comunidade.
Essa ação direcionada para as crianças é importante, pelas seguintes razões:
      1.            É aceito que 50% das doenças das crianças têm relação com as condições sanitárias e a higiene pessoal;
      2.            A idade escolar é a mais adequada para aprender hábitos higiênicos;
      3.            As crianças realizam diversas tarefas domésticas, o que pode torná-las agentes de mudança;
      4.            Há nas crianças um entusiasmo natural por aprender e ajudar.

O IRC considera que para obter bons resultados é preciso fomentar mudanças de hábitos, para as quais se devem considerar os seguintes fatores: 
- Fatores de predisposição: inclui os conhecimentos, a atitude e a aceitação; 
- Fatores de capacidade: inclui a disponibilidade de recursos (latrinas, acesso à água, capacidade dos estudantes para transformar os conhecimentos, atitudes e aceitação em condutas desejáveis; 
- Fatores de reforço: inclui aqueles que afetam a capacidade dos alunos para manter esses hábitos (apoio e cooperação dos pais, tutores e outros grupos). 

Em síntese, a colocação destaca a importância de combinar a educação em higiene e saneamento com a disponibilidade e manutenção dos recursos físicos e com a ampla participação da comunidade e outras instâncias sociais.


Saneamento na Escola
                                                                                                                           
Para um bom programa de saneamento e higiene escolar se propõe incluir os seguintes aspectos:

1. avaliação das necessidades;
2. objetivos, resultados e plano de ação;
3. melhoria das instalações sanitárias;
4. uso e manutenção adequadas das instalações;
5. educação em higiene aos alunos;
6. materiais de ensino com orientação prática para a escola e seu entorno;
7. articulação da educação com a melhoria das instalações;
8. incorporação dos alunos nos planos, implementação e manutenção;
9. capacitação do grupo técnico e dos professores;
10. monitoramento do programa e de seu impacto, com ênfase na auto-avaliação.

     Em outro importante documento sobre educação e programas de água e saneamento, o IRC recomenda entre outros temas, a definição de prioridades para a ação, estabelecidas pelas pessoas diretamente envolvidas.
    Outros aspectos-chave são o uso de incentivos nos processos educativos, a compreensão dos valores culturais e a promoção do tema por parte de pessoas respeitadas na comunidade ou grupo social.


A ONU e a água

Estima-se que um bilhão de pessoas carece de acesso a um abastecimento de água suficiente, definido como uma fonte que possa fornecer 20 litros por pessoa por dia a uma distância não superior a mil metros. Essas fontes incluem ligações domésticas, fontes públicas, fossos, poços e nascentes protegidos e a coleta de águas pluviais.

As Nações Unidas veem enfrentado a crise global causada pela crescente demanda global de recursos hídricos para atender às necessidades agrícolas e comerciais da humanidade, bem como crescente necessidade de saneamento básico. A Conferência das Nações Unidas para a Água (1977), a Década Internacional de Abastecimento de Água Potável e Saneamento (1981-1990), a Conferência Internacional sobre Água e Meio Ambiente (1992) e a Cúpula da Terra (1992) foram todas voltadas para este recurso vital. A Década, em especial, ajudou cerca de 1,3 bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento a obter acesso à água potável.

Causas de abastecimento inadequado de água incluem o uso ineficiente, a degradação da água pela poluição e a superexploração das reservas de águas subterrâneas. Ações corretivas visam a alcançar uma melhor gestão dos escassos recursos de água potável, com foco particular na oferta e na demanda, quantidade e qualidade. Atividades do Sistema das Nações Unidas visam ao desenvolvimento sustentável dos recursos finitos e frágeis de água doce, que estão sob pressão crescente com o crescimento populacional, a poluição e as demandas de usos agrícolas e industriais.

A importância crucial da água para muitos aspectos da saúde humana, do desenvolvimento e do bem-estar levou a objetivos específicos relacionados à água no apoio a cada um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Essas metas referem-se a: erradicar a extrema pobreza e a fome, alcançar a educação primária universal, promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.

Para ajudar a sensibilizar o público sobre a importância do desenvolvimento inteligente dos recursos de água, a Assembleia Geral declarou 2003 o Ano Internacional da Água Potável. Também em 2003, o Conselho Diretor Executivo (CEB), órgão de coordenação do sistema inteiro das Nações Unidas, criou a “ONU Água” – um mecanismo interagencial para coordenar as ações do Sistema das Nações Unidas para alcançar as metas relacionadas à água da Declaração do Milênio da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de 2002.

Para reforçar ainda mais uma ação global para atender às metas dos ODM relacionadas à água, a Assembleia Geral proclamou a Década Internacional de Ação, “Água para a Vida” (2005–2015). A Década começou em 22 de março de 2005, data na qual é comemorada anualmente o Dia Mundial da Água.

Em 2009, a “ONU Água” e as 26 agências da ONU, trabalhando em parceria com governos, organizações internacionais, organizações não-governamentais e outras partes e grupos de peritos interessados, publicou a terceira edição do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, desenvolvido a cada três anos pelas Nações Unidas para analisar os dados e tendências que afetam os recursos mundiais de água doce.

A água potável limpa, segura e adequada é vital para a sobrevivência de todos os organismos vivos e para o funcionamento dos ecossistemas, comunidades e economias. Mas a qualidade da água em todo o mundo é cada vez mais ameaçada à medida que as populações humanas crescem, atividades agrícolas e industriais se expandem e as mudanças climáticas ameaçam alterar o ciclo hidrológico global. (…)

(...) A cada dia, milhões de toneladas de esgoto tratado inadequadamente e resíduos agrícolas e industriais são despejados nas águas de todo o mundo.

(…) Todos os anos, morrem mais pessoas das consequências de água contaminada do que de todas as formas de violência, incluindo a guerra.

(…) A contaminação da água enfraquece ou destrói os ecossistemas naturais que sustentam a saúde humana, a produção alimentar e a biodiversidade.

(…) A maioria da água doce poluída acaba nos oceanos, prejudicando áreas costeiras e a pesca.

(…) Há uma necessidade urgente para a comunidade global – setores público e privado – de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras.

(Texto adaptado da Declaração da “ONU Água” para o Dia Mundial da Água 2010)




Publicado por 



Heber Odahyr

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